- Jura-me que não fizeste de propósito! Jura-me…! – rugiu.
- Juro que não, papá! Estávamos só a brincar! – gritava repetidamente o príncipe, por entre soluços.
A morte de Alfonsito, irmão mais novo de Juan Carlos, no Monte Estoril, em Março de 1956, é um dos capítulos mais obscuros da biografia do antigo monarca. No novo romance de José María Zavala, conceituado historiador espanhol, este drama familiar marca o início de uma narrativa que funde ficção e realidade, espionagem e intrigas internacionais, personagens históricas e figuras ficcionadas. Eis O Segredo do Rei.
Pleno de ação e suspense e com um ritmo trepidante, O Segredo do Rei centra-se nas vivências de Juan Carlos I durante a sua permanência no Estoril e nas diligências dos governos de Salazar e de Franco tendo em vista o esclarecimento das circunstâncias que envolveram a morte de Alfonso de Bourbon.
“O que aconteceu naquele dia deixou os condes destroçados, foi uma tragédia. A condessa entrou em depressão”, diz Zavala, que há 15 anos investiga o que aconteceu naquela Quinta-Feira Santa.
A descoberta da cápsula convenceu finalmente Eugénio Monteiro de que a morte de Alfonsito fora um acidente lamentável. Pouco depois de Monteiro abandonar o cenário da tragédia, e aproveitando o facto deDom Juan não ter ainda regressado, um misterioso personagem entrou sigilosamente no mesmo quarto de jogos e entreabriu a porta. Parecia procurar afanosamente qualquer coisa, mas saiu dali de mãos vazias.
A partir de factos reais, O Segredo do Rei narra a investigação policial na sequência da morte do irmão do rei Juan Carlos. Coordenada pelas polícias portuguesa e espanhola, a Operação Giralda conduz-nos de Portugal até Paris, em busca de uma organização criminosa.
Depois de vários livros de não ficção, muitos deles focados na família real espanhola, O Segredo do Rei marca a estreia de José María Zavala na ficção.
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