LANÇAMENTOS
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EVENTOS
Se és fã dos livros do After e da autora Anna Todd, não percas esta oportunidade!
No dia 2 de outubro, às 17:00, a autora vai estar online no Twitter para responder às tuas perguntas.A única coisa que tens de fazer é escrever a tua pergunta em inglês com #askAnnaTodd e @presenca.
O Crónicas de uma Leitora e a Planeta têm mais um fantástico passatempo para vocês! Iremos sortear a Trilogia "Este Homem" de Jodi Ellen Malpas. Para se habilitarem basta preencherem correctamente o formulário e terão a oportunidade de terem várias entradas diárias e não se esqueçam que também têm de:
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Podem participar diariamente, desde que façam nova partilha e identifiquem um amigo diferente, até 27 de outubro.
(Passatempo válido apenas para Portugal)
Nota: O blog e a editora não se responsabilizam por atrasos e extravios dos ctt
Nota: O blog e a editora não se responsabilizam por atrasos e extravios dos ctt
Graphic Novel | Twilight - parte 1 e 2 | Stephanie Meyer & Young Kim | Opinião
By Vera Carregueira - 18:18
A celebrar o 10.º aniversário Twilight foi uma saga que marcou uma viragem na minha vida, fazendo que a determinada altura voltasse ao mundo dos livros e mergulhasse nas leituras de cabeça. Apesar de gostar de ler desde sempre a verdade é que se passaram muitos anos sem que lesse um único livro e por muitas desculpas que invente a verdade é que tinha perdido a vontade. Fui aconselhada tantas vezes por uma amiga que disse que estes eram os livros-sensação que acabei por ceder e li os 3 primeiros em dois dias. Há um par de ano que tinha curiosidade em relação à graphic novel e aproveitei que ando empolgada com as leituras digitais para ler online.
Depois de ter lido os livros dúzias de vezes não foi difícil entrar na história e ler a primeira parte em pouco tempo. Recordar uma Bella desajeitada mas curiosa e um Edward estranhamente assustador e adorável foi muito divertido. Aquilo que mais me fascinou foi sem dúvida a arte desta graphic novel uma vez que a história eu já conhecia.
Confesso que já não achei a mesma piada à história, Bella é uma tola que se deixa apaixonar por um ser que mal conhece, a verdade é que é difícil ver o amor a despontar apenas percebemos uma curiosidade estranha e um juntar de factos absurdos que levaram a conclusões surpreendentes. E a adoração/tentação que Edward sente por ela é também bastante básica e assustadora.
Várias autoras ao longo dos anos foram transformando o mito dos vampiros moldando-os às suas histórias, umas de forma mais sangrenta, deixando-os permanecer os monstros que sempre foram e outras romantizando-os. Contudo nenhuma autora chegou ao extremo de Meyer que transformou os vampiros em luzes de néon. Só ficou a faltar piscarem. Mas tirando esse pequeno detalhe (julgo que todos preferiríamos que a luz os ferisse) gostei que os mostrasse como uma "raça" superior em força e velocidade.
Os dois volumes foram bem divididos e a segunda parte é bastante mais interessante que a primeira visto que é nesta que acontece toda a acção com a aparição de um novo clã com um batedor entre eles.
Uma vez que a história já me era bastante familiar a curiosidade era mais em perceber como a adaptação a graphic novel a tinha transformado, gostei bastante mas não lhe daria mais de 3 estrelas pelo enredo. A arte, que como já referi foi o que me fez ler, é outra história, levaria 5 estrelas, adoro o desenho, as cores que vão do simples p/b a tons sépia ou com vermelhos, apenas pequenos apontamentos de cor. O traço é lindíssimo e foi sem dúvida o que mais me cativou deixando-me fã de Young Kim.
Gostaria de ler a graphic novel de New Moon mas de momento não a tenho por isso terei de aguardar uma oportunidade. E vocês costumam ler graphic novels? Quais aconselham?
Nas livrarias a 28 de Setembro
Nas livrarias a 29 de Setembro
Nas livrarias a 30 de Setembro
Nas livrarias a 2 de Outubro
Livros de Bolso
Para mais informações deste livro clique AQUI
Tim encontra um quarto para alugar, mas há uma condição para que o possa arrendar: Terá de fazer todos os recados à dona do quarto, uma mulher muito reservada e pouco amistosa, que nunca abandona a casa. Começam a acontecer coisas estranhas na casa e, ao mesmo tempo que o desconforto de Tim vai aumentando, crescem também os seus sentimentos pela bela e misteriosa dona da casa. Que tipo de pessoa será: alguém que merece compaixão, alguém para amar ou alguém para temer?
Esta autora foi uma estreia para mim, apesar de já existir um livro publicado e ser um tema bastante apelativo para mim, um thriller com uma densa carga psicológica. Ler este livro conduziu-me um pouco ao início da década 90 quando estreou o filme Jovem Procura Companheira, apesar de diferente seria praticamente impossível não associarmos ao filme em questão, ao desconhecido que colocamos em casa ou, neste caso, à desconhecida com quem vamos morar. Se tudo corre melhor do que Tim alguma vez sonhou, cedo o jovem se depara com a figura de Anna, órfã de pais, rica e residente numa casa que facilmente figuraria num filme de John Carpenter e agorafóbica.
Com exceção de Tim, as restantes personagens encontram-se envoltas numa aura de mistério, um nevoeiro denso e pegajoso que me colou às páginas do livro devorando-o em poucas horas. Duas personagens antagónicas são Lilla, a ex-namorada de Tim, do género «não o quero mas também não quero que seja de mais ninguém» e Anna um «ratinho» tímido e amedrontado parecendo um fantasma na sua própria casa. Ambas acabam por se confrontar na relação que mantêm com Tim, acabando Lilla por ter alguma responsabilidade (sem que se aperceba), no processo de cura de Anna.
No decorrer da trama somos confrontados com diversos episódios em que questionamos se Anna é «apenas» agorafóbica ou doente mental, uma vez que se passam diversas situações que a mesma não detém recordações. Ao longo da leitura tomamos conhecimento do historial de vida de Anna, das causas de sua fobia, sendo impossível não sentirmos empatia pela mesma. Através das páginas desconfiei do desfecho, como desconfio em 99% dos livros no entanto... neste não acertei, yessssss, é tão bom sermos surpreendidas de vez em quando, o que me fez adorar ainda mais a autora.
Eu já disse que o li num dia? Quer dizer, iniciei-o num dia e terminei à meia-noite e três minutos do outro, assim sendo nem demorou um dia, enfim, apenas umas horas.
Resumindo: para quem é fã de thrillers psicológicos género Mary Higgins Clark ou dos filmes de Hitchcock recomendo sem reservas, para que não é, aconselho a experimentar!!!
O Crónicas de uma Leitora e a Planeta têm mais um fantástico passatempo para vocês! Iremos sortear um exemplar de Escola de Dança Vol. 12 O Baile das Debutantes de Aurora Marsotto. Para se habilitarem basta preencherem correctamente o formulário e terão a oportunidade de terem várias entradas diárias e não se esqueçam que também têm de:
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Podem participar diariamente, desde que façam nova partilha e identifiquem um amigo diferente, até 10 de outubro.
(Passatempo válido apenas para Portugal)
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O Crónicas de uma Leitora e a Guerra e Paz têm mais um fantástico passatempo para vocês! Iremos sortear um exemplar da nova edição de Os Maias de Eça de Queiroz. Para se habilitarem basta preencherem correctamente o formulário e terão a oportunidade de terem várias entradas diárias e não se esqueçam que também têm de:
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Podem participar diariamente, desde que façam nova partilha e identifiquem um amigo diferente, até 04 de outubro.
(Passatempo válido apenas para Portugal)
a Rafflecopter giveaway
Olá a todos!
O passatempo com o livro A Iniciação - A Vingança 2 de Malenka Ramos gentilmente cedido pela Planeta teve 368 participações.
A vencedora é
Fernanda (...) Costa
Muitos parabéns! A mesma já foi contactada por email e ficamos a aguardar os dados de envio.
Quanto aos restantes não desanimem, estamos com passatempos activos e vamos ter mais três até ao final da semana.
Será que melhorava as vossas segundas-feiras? Começariam melhor a semana?
Se quer que as frases que o marcaram sejam publicadas nesta nossa rubrica semanal, basta enviar-nos as ditas para o nosso email (cronicasdeumaleitora@gmail.com) ou então por mensagem na nossa página do Facebook, com a identificação dos livros onde as descobriram.
Contamos com a vossa participação.
Olá a todos,
O passatempo Depois dos Quinze de Bruna Vieira que contou com o apoio da Marcador teve um total de 276 participações e a vencedora é
Isabel Cristina Azevedo
Já foi enviado um email para que a vencedora facilite os seus dados. Obrigada a todos e boas leituras.
P.S. Amanhã, dia 23 de setembro, saem mais dois passatempos, fiquem atentos
Num mundo onde os demónios podem estar ao virar da esquina, a poderosa e sensual Eve leva-nos numa aventura vibrante e provocadora, de cortar a respiração e deixar os sentidos em brasa.
Para Evangeline Holis, aquilo que parecia ser apenas uma aventura com um mau rapaz acabou por se transformar num desastre de proporções bíblicas. Uma noite com o misterioso homem vestido de cabedal foi quanto bastou para a punição divina: a Marca de Caim.
Presa num mundo onde os pecadores são recrutados para matar os demónios, Eve tem pouco tempo para se adaptar. Agnóstica desde sempre, ela vê-se obrigada a uma série de manobras na burocracia celestial onde passa a ser um valioso mas maltratado peão. Eve passa também a ser mais um ponto de discórdia num dos mais antigos casos de rivalidade familiar da História…
Mas para já, ela está mais preocupada em matar para se manter viva e salvar a alma que nem ela própria sabia ter.
Amaldiçoada por Deus, perseguida pelos demónios, desejada por Caim e Abel… tudo num só dia.
Quando vi que esta trilogia ia sair fiquei muito receosa, fiquei bastante "queimada" com outra série sobrenatural da autora e não sabia bem o que ia encontrar. Por outro lado sendo Sylvia Day conhecida pela sua série erótica temia que de alguma maneira Eve e as Trevas seguisse pelo mesmo caminho, não que não goste de um pouco de sexo no meio de tanta acção mas tinha medo que não houvesse um balanço saudável dos temas abordados.
Gostei de ver que temos uma protagonista que não atura qualquer treta, que não se deixa levar pelo que lhe dizem e gosta de ver e pesquisar por ela própria, não é uma criatura acéfala que faz tudo o que lhe mandam. Tem um sentido de auto-preservação um pouco distorcido mas ao mesmo tempo é o género de pessoa que se é mandada para a frente do combate não foge como uma donzela em perigo à espera que o ser sobrenatural por quem está apaixonada se chegue à frente qual cavaleiro andante. Aliás a própria relação de Eve e Caim é um pouco estranha, ela gosta dele e sente uma atracção enorme por ele, adora a forma como ele a adora mas por outro lado sente necessidade de colocar uma certa distância entre eles.
Caim é um personagem que não sei bem como o caracterizar, estamos perante uma personagem bíblica o que é algo de proporções épicas. Nunca antes tinha visto esta abordagem nos livros de romance paranormal, estamos habituados a anjos, demónios etc mas ver as personagens da Bíblia ganharem vida é transcendente. Apesar de Caim não ser exactamente o que vemos no livro sagrado parece-me que faltou algo na sua essência, não consegui perceber bem como se encantou tanto com Eve num curto espaço de tempo e a forma como se envolveram não fez grande sentido. A relação dele com Abel deveria ter sido mais aprofundada, percebemos o ódio que os separa mas não entendemos bem como chegámos lá, sabemos que na Bíblia Caim matou Abel mas sendo esta uma versão ligeiramente diferente da original esperava que houvesse mais desenvolvimentos.
Também Abel foi uma personagem pouco explorada, pelo menos na parte que toca a Eve, não conseguimos entender como os dois irmãos chegam novamente ao ponto de lutar até à morte por uma mulher que surge na vida deles. Algumas questão ficaram sem resposta mas espero que a autora consiga responder ao longo dos outros livros, não deixando espaços em branco.
Eu gostei bastante deste livro e acho que doseia bastante bem a acção, o lado mais pessoal da vida de Eve e até o sexo, está excelentemente escrito. Sylvia Day conseguiu prender o leitor e mostrar-nos o início de uma trilogia que promete ser bombástica com uma heroína badass sem papas na língua e que não atura nada de ninguém. Porém julgo que havia alguns aspectos a serem melhorados e que pode de alguma forma deixar alguns leitores à espera de mais.
Um livro com um ritmo alucinante desde a primeira página, aliás o que foi aquele prólogo? E o final? Tudo em aberto deixando-nos a salivar pelo segundo porque temos mesmo de saber o que foi que aconteceu. Ainda bem que já o tenho ali porque preciso de o ler urgentemente.
Este exemplar foi gentilmente cedido pela 5 Sentidos/Porto Editora em troca de uma opinião honesta
Para saber mais sobre a autora, clique aqui
Num mundo onde os demónios podem estar ao virar da esquina, a poderosa e sensual Eve leva-nos numa aventura vibrante e provocadora, de cortar a respiração e deixar os sentidos em brasa.
Para Evangeline Holis, aquilo que parecia ser apenas uma aventura com um mau rapaz acabou por se transformar num desastre de proporções bíblicas.
Uma noite com o misterioso homem vestido de cabedal foi quanto bastou para a punição divina: a Marca de Caim.
Presa num mundo onde os pecadores são recrutados para matar os demónios, Eve tem pouco tempo para se adaptar. Agnóstica desde sempre, ela vê-se obrigada a uma série de manobras na burocracia celestial onde passa a ser um valioso mas maltratado peão.
Eve passa também a ser mais um ponto de discórdia num dos mais antigos casos de rivalidade familiar da História…
Mas para já, ela está mais preocupada em matar para se manter viva e salvar a alma que nem ela própria sabia ter.
Amaldiçoada por Deus, perseguida pelos demónios, desejada por Caim e Abel… tudo num só dia.
Para mais informações sobre Eve e as Trevas, clique aqui
Para Evangeline Hollis, uma noite com o misterioso homem vestido de cabedal foi quanto bastou para a punição divina.
Ao mesmo tempo que inicia uma escaldante relação com o infame Caim, Eve faz os possíveis para suportar os treinos intensivos que a tornarão oficialmente numa Marcada, entre milhares de outros pecadores forçados a caçar demónios. Mas quando a turma parte numa viagem de estudo a uma base militar abandonada, o Mal surge do seu covil: um demónio infiltrado está a matar, um a um, todos os colegas de Eve. Para piorar a situação, o corpo de Eve está a passar por uma difícil adaptação à Marca e aos seus desafios, entre os quais um incontrolável desejo carnal que a deixa à mercê dos seus instintos mais obscuros e da forte atração que sente por Abel, irmão de Caim. Emoções que a deixarão ainda mais vulnerável.
Com Caim ausente numa missão e Abel a investigar uma nova e terrível espécie de demónios, Eve terá de controlar sozinha a sua adrenalina e manter a calma no momento em que o assassino voltar a atacar.
Para mais informações sobre Eve e a Destruição, clique aqui
O tópico de hoje vai ser um pouco controverso, but hey, aren’t they always? Mas a verdade é que já estava há algum tempo para fazer este tipo de post e após recentes debates decidi que talvez este seria o ponto ideal para um come back a tópicos mais tumultuosos. A sério, a blogosfera anda uma pasmaceira, tudo adormecido. A malta até se anda a queixar de andarmos todos amiguinhos e o caraças. Enfim, vamos shake things a little bit. Não espero com isto começar uma guerra (right), sei que vou ferir muita gente e que a carapuça vai servir e possivelmente serei insultada, but am I not always? So basically a minha opinião controvérsia é: eu acho que muitos beta readers são criaturas do demo cujo propósito é lixarem-me a vida da pior forma possível de forma a eu ter um colapso cardíaco.
Hoje em dia a maioria dos autores utiliza beta readers. Let’s face it poucos autores com os seus egos massivos querem ter um editor a dizer corta isto e corta aquilo. Há autores demasiado orgulhosos para se submeterem a um editor. Mas colocar um livro publicado sem sequer ter uma 2º opinião pode matar instantaneamente uma chance de ser publicado. Por isso, os autores pedem a outras pessoas que não são editores para dar a sua opinião – o que gostaram, o que não gostaram. E isso é muito bom. Ouvir os leitores é óptimo para um autor. Muitas vezes não nos apercebemos das coisas como elas estão. E nisso os leitores mais experientes conseguem muitas vezes cheirar a léguas coisas que podem ser aperfeiçoadas.
Um problema dos beta readers é que só apontam as possíveis falhas. Mas depois o autor é deixado com a parte mais complicada. Tenho de mudar… mas como? Ok o pacing está lento… mas o que fazer para melhorar? Onde está o cerne do problema? Muitos beta readers não conseguem apontar isso. A culpa não é deles. Atenção, eu não estou a dizer que um beta-reader tem de ser um Deus da edição. Contudo, qual a sua utilidade se o seu trabalho é apenas apontar defeitos e não soluções? Como sabemos que o autor vai melhorar de facto o seu trabalho com base nas críticas apontadas? Very easy. Não sabemos. E aqui começa o problema. Quando um autor não sabe como melhorar pode correr sério risco de piorar o que escreveu, porque vai ser uma série de tentativa-erro até chegar a uma cena em que pelo menos todos os beta-readers concordem que está melhor. E isso leva tempo e paciência, que são duas coisas que se esgotam muito facilmente para quem leu o mesmo manuscrito 10 vezes.
Outro problema é que um bom leitor não é um bom beta reader (a maioria dos betas são leitores acima de tudo). Um bom editor consegue salvar um manuscrito. Eu sei que há pessoas que não se acreditam nisto, mas é verdade. Como leitores só vemos o produto final mas não vemos a quantidade de voltas que um autor e editor tiveram que fazer para dar a volta. Ana, mas é possível um bom editor dar sugestões e o autor estragar o manuscrito com elas? Sim. Tal como é possível um editor dar más sugestões e o autor conseguir dar a volta. Mas o que torna um bom editor é um pouco diferente do que torna um bom beta reader.
Por norma um beta reader é uma pessoa que lê bastante (30 livros por ano) e tem um sentido crítico apurado. O problema começa logo aqui. Uma pessoa que lê muito não tem obrigatoriamente sentido crítico. Há pessoas que simplesmente lêem por prazer e para se distraírem. Nothing wrong with that. Mas isso não quer dizer que ler muito = ser um bom beta reader. Em segundo lugar temos o problema dos gostos. Um beta reader sendo um leitor vai-se guiar pelo instinto. E há beta readers que conseguem ter muitos bons instintos… Infelizmente a maioria não o tem. Uma questão é que um editor consegue ver o valor em autores como valter hugo mãe. Eu não tenho o valter hugo mãe como autor favorito mas se me aparecesse um manuscrito dele no colo para publicar, publicava. Isto porque ser leitor e ser editor são duas coisas diferentes. O leitor guia-se pelo gosto, o editor pelo conhecimento e mais objectividade.
Eu não gosto de purple prose porque a maioria dos autores amadores utilizam este estilo de escrita para disfarçar que escrevem mal como tudo, então enfim para ali palavras tiradas do Priberam e adjectivos até enjoar et voilá. Mas podem crer que eu já dei 5 estrelas a livros carregados de purple prose. Porque notei que o autor não estava a fazer aquilo para me desviar a atenção. E é essa a diferença: um leitor diz: não gosto de purple prose logo não gosto do livro; um editor diz ora bem eu não gosto de purple prose... mas isto funciona, por isso vou aceitar.
Já tive de corrigir muita bosta sugerida por betas que não fazia a mínima ideia do que estavam a dizer mas como achavam que estavam correctos, sugeriram e o autor acedeu à sugestão e deu cagada. E a malta vai ter com quem quando dá merda? You guessed it. E depois quem é que está à beira de colapsos cardíacos? You guessed it again! Claro que vocês podem sempre culpar o autor. Ah ele não devia de ter aceitado a sugestão. E sim, há muitos autores que das mil e uma sugestões escolhem apenas algumas. Não dá para agradar a tanta gente. Os que acham que o autor deve mudar isto, outros acham que não porque está bem. Isto na cabeça do autor fica uma confusão.
E eu não vou disfarçar e dizer que é fácil dar sugestões. It’s not, ok? É lixado saber onde cortar, como cortar e ainda por cima como aproveitar o material do autor para dar um novo impulso. E sim, embora eu prefiro contar com amigas minhas que fazem trabalho de edição (snob bitch), não vou deixar de lado beta readers. Porque como tudo na vida precisamos do input do leitor comum que vai sempre dar aquele insight do gostei ou não, achei as personagens fixes ou não, etc. O problema é quando os autores usam leitor comum para fazer o trabalho de um editor. Ninguém pede a um pasteleiro para verificar os canos. Ou então pedem e têm a sorte de ser uma pessoa que até percebe do assunto e hey bom para vocês. Mas também há a chance do homem não saber o que está a fazer.
Cats are great beta readers!
Claro que não importa muito se é um pasteleiro mas na verdade andou anos a ver como o canalizador verificava os canos e fazia o trabalho. Não importa muito sermos leitores ávidos e por acaso adorarmos lermos mais sobre escrita ou até storytelling. O bloggers são pessoas que seguem com imensa rapidez as tendências da literatura e estão mais que habituados a lerem vários tipos de livros. Mas como tudo na vida nem isso é suficiente. Se gostam de ler e querem ser beta readers para ajudarem de facto os autores, fixe, muito bom. A sério. Eu não sou daquelas moças que acha que devemos dismiss os betas só porque omg não são editores "a sério". Como disse ali em cima um mau editor pode muito bem arruinar um manuscrito. Mas o problema é que apesar de tudo os danos de um editor não se comparam aos de 5 betas que não fazem a mínima ideia do que estão a falar e acham que são betas porque lêem muito. Ninguém se torna bom de um momento para o outro, claro que não. Mas a verdade é que ler sobre escrita ajudou-me imenso a ajudar outros autores. Não só consigo apontar o que está mal como ainda sugerir alterações e como.
- Ruiva, mas isso estás a intrometer-te no trabalho do autor!
… ora como dizer isto sem parecer rude… nope não dá… vai p´ro
devido ao forte conteúdo de linguagem decidimos suspender a transmissão
Also:
- Ruiva eu quero ser beta deste livro mas detesto o género!
Então step away veeery slowly do manuscrito! A menos que tenham uma capacidade de distanciamento fenomenal (e sim conheço pessoas assim) afastem-se porque se vocês não gostarem do que estão a ler só porque não gostam do género, não vão conseguir ajudar ever o autor, porque estão sempre a ser biased. Se não gostam, deixem lá, betam outro livro depois. O que não falta por aí são manuscritos a desejarem serem lidos de borla.
- Ruiva pediram-me para betar um livro de fantasia mas eu nunca li fantasia!
Mesma coisa que ali em cima, afaste-se do manuscrito, muuuiiiiito lentamente. Por um motivo muito simples, se vocês nunca leram um livro daquele género, vocês não sabem se a autora está a "copiar" outra, se está a usar clichés e a chance de acharem muito bom porque nunca leram nada parecido é imensa. Por isso em vez de estarem a ajudar o autor com a vossa experiência de leitura no género, estão basicamente a ler pela primeira vez tudo. E isso como blogger ou leitora é porreiro, como beta nem por isso.
E se me disserem:
- Ruiva eu só quero ajudar os autores mas a verdade é que não percebo nada disto!
Ok, porreiro. Queres ajudar, tudo bem. I appreciate your tribute, mas a verdade é que se não percebem disto não vão ajudar muito. Primeiro façam alguma pesquisa, leiam alguns artigos online em português do Brasil ou inglês sobre algo em especial. Imaginem que querem começar por focarem-se nas personagens, pesquisem na net: how to write great characters e aparece-vos logo um montão de cenas para lerem. A internet está cheia deles e aos poucos vão treinando. Claro que ao início vamos fazer asneiras, sim. Se todos nascêssemos ensinados era maravilha, mas infelizmente não. E como tudo precisamos de um pouco de conhecimento, ler livros pode funcionar ou não.
Para os autores, lembrem-se, nenhum beta substituiu um bom editor. E ter um bom editor é importantíssimo. Por isso não descartem para já o papel do editor em prole do beta reader só porque o beta é de borla e o editor tem de ser pago. Como autores vocês também são pagos royalties (a menos que coloquem os livros de borla) por isso não pensem que vocês podem ser pagos mas a malta de edição não.
- Ruiva, mas eu li este manuscrito como beta e vou fazer review, mas a verdade é que achei que o livro até nem estava nada de especial... E agora?
Agora das duas uma: ou andaste calada que nem um rato em vez de dizeres ao autor que estava tudo uma cagada ou então disseste e foste ignorada. Ambas as situações são culpa tua porque na primeira situação tinhas o dever de dizer isto parece-me que pode ser melhorado e a segunda foi porque o autor provavelmente disse: mas eu gosto mais assim e tu em vez de dizer: ok I'm out, se só queres betas para massajar o ego, peace out dudes; continuaste como beta. Isto é muito simples, pedem-vos opinião sobre alguma coisa e vocês se souberem do que estão a falar dão a opinião. Sejam duras com os autores! Se têm a certeza de que o que estão a sugerir está correcto, então mandem todos os bitaites. Um manuscrito meu tem de estar à prova de bala o máximo possível, eu quero que os meus betas me digam todos os problemas possíveis e imaginários com o que escrevo. Podem ser simpáticos nas reviews a menos que o autor seja um cabrão e esteja sempre a negar as vossas mudanças/sugestões, aí mandem-no à merda. Se um autor está aberto a sugestões, epá é dar-lhe no coiro. Quando o livro estiver cá fora é demasiado tarde e vai estar sujeito ao público geral.
Ah e já agora, não! Beta readers não são revisores, ok?
- Ruiva, mas eu sou beta reader e já faço esse tipo de sugestões!
Parabéns, tome um badge de bom beta reader.
Ah e já agora lembrem-se:
Vá, sejam uns fofos e escusam de começar todos à porrada! A Ruiva ama-vos, mas a sério investiguem antes de fazer asneira que aqui a je já não aguenta dar tanta lição de estrutura e plot à malta. Agora um beijinho na testa e um bom fim-de-semana aos meus queridos.