Sinopse:
MISERY
Para mais informações clique AQUI
Paul Sheldon é um famoso escritor de romances cor-de-rosa, tornado célebre pela personagem principal das suas obras, Misery Chastain. Porém, Sheldon entendeu que estava na hora de virar a página e decidiu «matar» Misery.
É então que sofre um terrível acidente de viação e é socorrido por Annie Wilkes, uma ex-enfermeira que o leva para sua casa para o tratar. O que Paul não sabe é que Annie, a sua salvadora, é também a sua maior fã, a mais fanática e obcecada de todas — e está furiosa com a morte de Misery.
Ferido e incapaz de andar, totalmente à mercê de Annie, Paul é obrigado a escrever um novo livro para «ressuscitar» Misery, como uma Xerazade dos tempos modernos nas mãos de uma psicopata tresloucada que há muito deixou de distinguir a realidade da ficção.
Repleto de complexos jogos psicológicos entre refém e captor, Misery é uma obra de suspense e terror no seu estado mais puro.
Este livro foi uma oferta de minha mãe, dos meus tempos de faculdade na década de 1990. Na altura a minha mãe já se havia percebido o género literário que fazia as delícias de sua primogénita, quanto mais mórbido melhor, e sempre que aparecia algo do género na revista do Círculo dos Leitores, ela reservava para mim. A capa do livro era fenomenal, quem quiser pesquise no google pois ela aparece lá e quem leu o livro sabe o quanto está adequada!!!
Este foi o primeiro livro que li do autor, o qual achei completamente sinistro e de nos tirar a respiração. Mais tarde, quando surgiu o filme adorei a interpretação de Kathy Bates...mas do filme falarei mais tarde. Quem conhece o autor Stephen King, sabe que a sua escrita é única, envolve-nos que nem as serpentes de Medusa, fazendo-nos sair da realidade e viver em mundos paralelos aquando a leitura de uma das suas obras. A leitura perturbou-me em vários campos, o acidente de Paul Sheldon que desencadeia uma série de voltas e reviravoltas na sua vida. Tal como a sinopse diz, Paul tinha decidido «matar» Misery Chastain, a protagonista de seus romances. Aqui deu-se a primeira perturbação... mas por alma de quem, a protagonista se chamava Misery??? Mas é um nome corrente nos EUA? Este nome dificultou qualquer empatia que pudesse ter pela dita protagonista. Segunda perturbação; devo salientar que apesar da última vez que li este livro já ter sido uns 15 anos ainda sofro com este trauma... quando Annie salva Paul faz-lhe respiração boca a boca... Stephen King, magistralmente, descreve o hálito de Annie... estará gravado em minha mente para todo o sempre... até lhe sinto o cheiro!
Como já disse, Paul tinha morto Misery num livro que aguardava publicação. Aquando o acidente, o autor regressava após um período de isolamento onde terminara um romance novo e de trajectória completamente diferente... uns dias mais tarde, Annie chega a casa contente com o último livro... Para Annie, Misery era a sua heroína, a sua filha, a mulher que ela desejava ser... dá para imaginar a reação desta quando descobre que o seu amor tinha morrido? O que possam imaginar, garanto, Stephen King fez pior e Kathy Bates desempenhou maquiavélicamente!
Annie também lê o novo livro de Paul, claro está, detesta, obrigando o autor a queimar o mesmo. Na altura ainda existiam apenas máquinas de escrever e Paul, supersticioso, nunca fazia cópia do manuscrito até o entregar na editora... Annie sabia disso!
Um excelente livro para amantes do género, que nos fazem conhecer de perto, mentes perversas que, infelizmente, existem no mundo connosco. Excelentes protagonistas de livros e filmes, esperemos nunca as encontrar como vizinhas da casa do lado!
0 comentários