A nossa amiga e colaboradora Isabel Almeida escreveu esta semana para a rubrica Amo ler porque... mas poderão conhecer melhor o seu trabalho no blog Os Livros Nossos.
Amo ler porque,
essencialmente, cresci rodeada de duas amantes de livros, que me incutiram este
hábito que viria a transformar-se em paixão. A minha avó materna e a minha mãe
eram leitoras aficionadas, e desde cedo, a minha mãe começou a construir a
minha biblioteca. Ainda antes de saber sequer ler, já me deliciava em menina e
moça a folhear as páginas coloridas da revista da Heidi. E quando aprendi a
ler, devorei várias vezes essa colecção infantil, e tornei-me adepta dos livros
da Anita, que adorava receber em qualquer ocasião.
Mas aos 12 anos,
adquiri novas paixões literárias, rapidamente substitui as histórias
infanto-juvenis (Patrícia, Meg, Nancy, Os cinco) pelos mistérios criminais de
Agatha Christie, e comecei também a descobrir nas estantes da minha mãe os
grandes clássicos da literatura Universal, como Balzac, Zola, o nosso delicioso
Eça de Queirós, Gustave Flaubert.
Depois na
adolescência e chegada à idade adulta, tive a minha fase de thrillers e
policiais, durante anos devorei diversos autores deste género, clássicos ( como
Agatha Christie, Rex Stout, Conan Doyle, Georges Simenon) e contemporâneos,
onde descobri autoras marcantes como Patricia Cornwell ( e a série de Kay
Scarpetta, uma patologista forense que trabalha em cooperação com o FBI), Tami
Hoag, Patricia MacDonald, e Lisa Gardner.
Marcaram também o
meu percurso autores contemporâneos ousados como Sydney Sheldon, Harold
Robbins, e Jackie Collins.
Seguiram-se anos de
investimento e leitura de obras do sobrenatural, com especial destaque para
tudo o que tenha a ver com vampiros, donde sou fã assumida das sagas Crepúsculo
e Sangue fresco (cada uma no seu género). Mais recentemente, descobri a
fantasia urbana temperada com notas sensuais, nas obras de J. R. Ward.
Mas a paixão literária
mais recente, e a actual tendência maioritária vai para os romances sensuais
(em especial com fundo histórico). Autoras preferidas neste género, das que já
li, sem dúvida, Jennifer Haymore, Kate Pearce, Cheryl Holt e, mais
recentemente, Nicole Jordan.
A par da paixão pela leitura (que ainda hoje
me faz transportar literalmente kilos de livros quando vou de férias), foi
nascendo também, e em simultâneo, o gosto pela escrita. Até que veio o
jornalismo regional, e mais recentemente, após a realização de um trabalho de Faculdade sobre psicologia da
literatura, cimentou-se a ideia de criar um blog literário, e assim nasceu, há
já quase um ano, o blog Os Livros Nossos.
Quanto ao livro que
mais marcou a minha formação como leitora, destaco o livro “O Prémio” de Irving
Wallace, li vários outros romances do autor, e todos eles recomendo sem
reservas: “o Todo-poderoso”, “ A Ilha das Três Sereias”, “A vigésima sétima
mulher”.
Em suma, ler é algo para mim tão natural e necessário ao
equilíbrio como beber um copo de água ou alimentar-me. Os livros são, sem
dúvida, o alimento do espírito, e assusta-me imenso que as gerações mais novas
sejam, por vezes, avessas a este hábito. Uma das coisas que mais me entristece
é ouvir jovens dizer o clássico “Ler é uma seca”, é algo que não concebo quando
penso em mim própria, e gostaria de ter poderes mágicos, de encontrar uma
fórmula perfeita que corrigisse esta questão da aversão à leitura, e creio que
o sistema de ensino, tem ai uma palavra a dizer, e muitas mudanças são necessárias.
0 comentários