O Livreiro
de Mark Pryor
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 352
Editor: Clube do Autor
ISBN: 9789897240621
Sinopse
Neste romance de ritmo acelerado e empolgante (que prenderá
os leitores da primeira à última página), encontramos a história de um terrível
segredo escondido durante décadas nas páginas de um livro há muito
desaparecido.
Hugo Marston decide comprar um livro raro ao seu amigo Max,
o idoso proprietário de uma banca de obras antigas. Poucos minutos depois, Max
é raptado. Vivamente surpreendido com o ato, Marston, chefe de segurança da
embaixada americana em Paris, nada consegue fazer para impedir o raptor.
Marston inicia então uma investigação destinada a encontrar o livreiro,
recrutando a ajuda do seu amigo Tom, um agente da CIA.
A busca de Hugo revela que Max é, afinal, um sobrevivente do
Holocausto que mais tarde se converteu num caçador de nazis. Estará o rapto
ligado ao sombrio passado de Max ou aos misteriosos livros raros que vendia?
Opinião
Iniciei a leitura deste livro com grande entusiasmo,
ultimamente tenho andado com vontade de ler policiais, talvez porque o cinzento
deste Inverno que parece nunca mais terminar (sim eu sei que a Primavera já
chegou... mas não parece, pelo menos aqui por Óbidos) e um bom policial faz-nos
esquecer o Verão que ainda tarda e enrolamos-nos com mais vontade no sofá.
Posto isto aqui vai a minha opinião. Mark Pryor tem uma escrita bastante fluída os personagens são bem estruturados
especialmente o velho Max apesar da sua breve aparição. Adorei as descrições
dos bouquinistes - os livreiros com bancas de livros à beira do Sena. Logo no
primeiro capítulo sonhei passear ao longo do Sena só para poder admirar estas
bancas, bem mais interessantes que as tradicionais bancas de souvenirs.
A acção desenrola-se rápidamente no decorrer dos primeiros
capítulos, no entanto ao longo do livro é mais moderada. Talvez induzida pela
capa, esperei que o livro tivesse mais a ver com o Nazismo, no entanto existe
apenas a referência mas pouco mais. O romance entre as duas personagens
principais Hugo e Claudia (sim adorei
ver o meu nome escrito num policial, venham mais) é morno. O pai dela seria uma
personagem a explorar de forma mais intensa e o mesmo se passa... infelizmente
com quase todas as personagens. Não concordo com a indicação «de ritmo
acelerado e empolgante » no entanto é bastante visível que o autor efectuou uma
extensa pesquisa relativamente à questão dos livros raros e à própria história
dos bouquinistes.
Relativamente ao «vilão» aqui tenho de dar a mão à
palmatória, o autor esteve muito bem, dificilmente lá chegava uma vez que ao
longo da leitura deste livro não estamos constantemente a ser induzidos ao erro
como muitos autores o fazem de forma propositada.
Como conclusão poderei afirmar que este livro proporciona
uma leitura agradável, ficamos com alguns conhecimentos de história que para
nós, amantes de livros, torna-se interessante, próximos livros do autor serão
de considerar embora na minha modesta opinião, falte um pouco de mais acção.
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