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Sinopse:
«”No seu lugar, eu refugiar-me-ia numa recordação.” Sim, foi isso que ele disse e, depois, acrescentou: “Iria para um lugar onde tivesse sido feliz. Na sua idade, era certamente o que eu faria.”» Quando a avó do narrador foge do lar onde se encontra a viver, este sabe que não pode ficar de braços cruzados à espera de ver as autoridades agirem. Mas que sabemos nós das recordações das outras pessoas?... Em As Recordações, David Foenkinos oferece-nos uma reflexão plena de sensibilidade sobre o tempo, a memória, a velhice, os conflitos de gerações, o amor conjugal, o desejo de criar e a beleza do acaso.
Opinião de Claudia Lé:
As recordações são para mim, parte de minha essência, condicionaram o ser o que sou, fui e serei no futuro. Se um dia me visse acamada em minha casa, casa de familiares ou num lar, possivelmente sentiria vontade de fechar os olhos, entrar em coma e viajar para os meus Verões da década de 1990! Quando li a sinopse arrepiei-me pois nunca havia confessado estes meus pensamentos a ninguém e encontrava-me naquele momento a ler o que já havia imaginado por diversas vezes.
O presente livro é um livro de recordações, não seguimos uma única estória pois durante toda a narrativa o narrador confronta-nos com as suas recordações, de seus pais, avós, conhecidos e a importância na vida da pessoa que as recorda bem como nas pessoas que a rodeiam. É um livro de partilha de sabedorias de várias gerações. O autor tem uma escrita bastante peculiar à qual aconselho uma leitura atenta. Não é um livro, a meu ver, para ser lido em qualquer lugar pois anseia por alguma paz de forma a que a sua mensagem possa facilmente chegar ao leitor. No entanto o autor consegue surpreender o leitor por diversas vezes com a suas afirmações: «o verdadeiro amigo é alguém a quem podemos telefonar ao meio da noite quando temos um cadáver nos braços».
Não havia lido nada do autor antes, desta forma, espero que quem já tenha lido a obra anterior, A Delicadeza nos diga se este livro superou de alguma fora a sua primeira obra.
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