Autor: João Paulo Santos
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 320
Editora: Alfarroba
Sinopse:
Severino Aires, um viúvo saudoso da esposa e apaixonado por tesouros perdidos, ousou esconder um tesouro para ser descoberto após a sua morte. Mas ele jamais imaginou que, devido a essa vontade, a sua morte estivesse tão perto!
Dois ex-reclusos viram naquele tesouro a derradeira oportunidade de uma vida próspera, sem sacrifício, e não hesitam em ceifar a vida ao pobre velho. Quatro amigos, do nada, vêem-se no encalço do mesmo tesouro. Ao aperceberem-se do que lhes caiu em mãos, iniciam uma busca incansável… mas não estão sós! Uma corrida contra o tempo que se torna perigosa, mas que nem assim os faz desistir. Mas valerá o tesouro o suficiente para correrem tantos riscos? Será o tesouro assim tão valioso como promete ser?
Um Tesouro Maior é um romance-aventura carregado de adrenalina e repleto de enredos e de surpresas, tornando-se aliciante pelos códigos e cifras que contém. Uma obra que surpreende até ao último instante.
Opinião:
Nunca tinha lido um livro de um autor português que fosse deste género. Gosto bastante deste tipo de histórias, com códigos, com mistérios e com muita aventura pelo meio, por isso esperava que este livro me fosse agradar.
A escrita deste livro é muito simples, sem grandes floreados, com descrições simples e fáceis de imaginar. Encontrei vários momentos de acção, momentos que me prenderam e me fizeram querer saber mais. Mas isso foi só até ao meio do livro, depois disso, tudo se tornou muito repetitivo: repetiam-se as atitudes das pessoas, repetiam-se os códigos, repetiam-se as palavras (já não podia ler a palavra célere, ou celeridade!). As personagens, que pelas descrições tinham quase 30 anos, mais pareciam adolescentes de 16, agindo como tal em várias situações. Se não estivesse explícita a idade deles, era assim que os imaginaria. Os diálogos são básicos, às vezes tão básicos que enervavam. Seria realmente necessário explicar tudo direitinho, como se se estivesse a falar para crianças de 5 anos? É que a única coisa que passou, com tanta basicidade, é que as personagens eram extremamente burras! E os códigos, bem, alguns até me interessaram, mas outros eram tão simples que até eu os desvendei (em metade do tempo das personagens, ressalte-se!). Para finalizar, o livro merecia ter uma revisão ortográfica um bocadinho melhor, pois surgem imensos erros que seriam perfeitamente evitáveis.
Quando comecei a ler, esperava um livro melhor. Estava realmente a interessar-me, mas aí as personagens e o facto de várias coisas se repetirem deitaram o meu interesse um pouco abaixo. Terminei-o porque, no fundo, queria saber como acabava a história, e porque tudo o que disse até agora é suportável. No geral, gostei do livro, por ser uma espécie de novidade para mim, mas analisando cada pontinho, penso que há muita coisa que podia ter sido melhor.
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