Sinopse:
Erik Maria Bark é o mais famoso hipnotista da Suécia. Acusado de falta
de ética, e com o casamento à beira do colapso, jurou publicamente nunca
mais praticar a hipnose nos seus pacientes e há dez anos que se mantém
fiel à sua promessa. Até agora. Estocolmo. Uma família é brutalmente
assassinada e a única testemunha está internada no hospital em estado de
choque; Josef Ek, de apenas 15 anos, presenciou o massacre dos seus
pais e irmã mais nova, sendo ele próprio encontrado numa poça de sangue,
vivo por milagre. Nessa mesma noite, Erik Maria Bark recebe um
telefonema do comissário Joona Linna solicitando os seus serviços - urge
descobrir a identidade do assassino e para tal Josef deverá ser
hipnotizado. Erik aceita a missão com relutância, longe de imaginar que o
que vai encontrar pela frente é um pesadelo capaz de ultrapassar os
seus piores receios. Dias mais tarde, o seu filho de 15 anos, Benjamin, é
sequestrado da própria casa. Haverá uma ligação entre estes dois casos?
Para salvar a vida de Benjamin, o hipnotista deverá enfrentar os
fantasmas do seu passado e mergulhar nas mentes mais sombrias e
perversas que jamais poderia imaginar; o que tinha por difuso revela-se
abominável, o que tinha por suspeito surge como demoníaco. Para Erik, a
contagem regressiva já começou... Uma leitura compulsiva carregada de
"suspense". Um mistério caracterizado por estranhos e inesperados
contornos.
Logo quando este livro foi publicado eu quis tê-lo mas financeiramente não era comportável e foi ficando sempre para mais tarde. Entretanto foram publicados "O Executor" e "A Vidente", e a curiosidade aumentou bem como a vontade de ler. Não resisti e tive que enontrar "O Hipnotista" e trazê-lo para as minhas estantes.
Falar deste policial sem spoillers não é fácil, quem já leu decerteza que concordará comigo, mas posso garantir que é um excelente policial, que nos faz ficar agarrados á leitura ávidamente a tentar descortinar o que realmente se passa, e posso garantir que é muito mais que o assassinato brutal de uma familia.
Lars Kepler dá-nos a conhecer algumas personagens complexas como Joona Linna, o Comissário da Policia Judiciária, um visionário, um profissional dedicado e competente, que fica com o caso por interesse; Erik Maria Bark, viciado em analgésicos, um conceituado médico que alia a hipnose aos tratamentos médicos e psiquiatricos, em declinio após um escândalo no seu passado (10 anos) que o fez largar a hipnose como meio de tratamento e com um casamento em rotura com Simone, por uma traição de momento (também no passado); Simone, uma mulher sonhadora e cheia de ambição, a esposa magoada e reprimida que luta por salvar o seu casamento sem nunca conseguir perdoar, mãe exímia e filha dedicada, faz carreira com a sua galeria de arte; e por fim Benjamin, o filho doente, hemofilico, que desde criança faz tratamentos para impedir a sua morte prematura.
Numa Estocolmo fria e cinzenta, o mês de Dezembro vai ser complicado, após a terrível descoberta da verdade sobre o brutal assasinato de parte de uma familia, o crime com contornos hediondos e mediáticos, está muito além do que aconteceu naquele fatidico dia. E quando Benjamin é raptado, questionamos-nos se ele irá conseguir sobreviver e quem poderá estar por detrás de todo o mal.
É uma leitura arrepiante que me prendeu desde o inicio e uma lufada de ar fresco nas leituras policiais. Recomendo.
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