Autor: Juliet Marllier
Edição/reimpressão: 2002
Páginas: 448
Editor: Bertrand Editora
Série: Sevenwaters
Sinopse:
Colum, senhor de Sevenwaters, tinha sido abençoado com sete filhos: Liam, Diarmid, os gémeos Cormack e Connor, o rebelde Finbar e o novo e compassivo Padriac. Mas Sorcha, a sétima filha do sétimo filho, única mulher da família e muito nova para ter podido conhecer a sua mãe, está destinada a proteger a sua família e a defender as suas terras dos Bretões e do clã conhecido como Northwoods. Após a chegada de Lady Oonagh, uma traidora que se infiltrou em Sevenwaters, bela como o dia mas com o coração negro como a noite, tudo mudou. Para alcançar o seu objectivo, enfeitiçou Lord Colum e transformou os seus seis filhos em cisnes, tendo ficado unicamente Sorcha. Depois de escapar ao poder da feiticeira, Sorcha refugiou-se na floresta, longe de casa para poder cumprir a sua tarefa e salvar os seus irmãos. Mas é, entretanto, capturada pelo inimigo, ficando assim todo o seu futuro nublado, uma vez que Sorcha irá estar dividida entre o mundo que sempre tomou como seu e um amor, que só aparece uma vez na vida.
Opinião:
A filha da Floresta é uma história do
tempo em que a Bretanha e a Irlanda ainda não era uma ilha só. E é
uma re-interpretação do mito Celta dos Cisnes
Sorcha é ao sétimo filho de Lorde
Colum de Sevenwaters, por sinal a única filha.
Lord Colum passa muito tempo fora de
casa, lutando contra os Bretões, e as suas visitas são sempre
breves, não que importe aos irmãos, vivem bem sem ele, embora o
adorem. Até ao dia que regressa com uma noiva, após 13 anos da
morte da sua mulher. A madrasta, não poderia ser pior, uma bruxa que
quer destruir os filhos de Colum e a inicio não se entende bem
porquê, mas de certa forma odeio-os, querendo colocar uns contra os
outros. A melhor maneira é chamar a Dama da Floresta, que só Sorcha
pode chamar, porque a ela já lhe apareceu uma vez e a ajudou.
Mas a madrasta descobriu-os junto ao
lado a beira da árvore que lhes lembrava da mãe verdadeira, e
prendendo os rapazes em corpos de cisnes, Sorcha consegue escapar e
só ela pode levantar o feitiço. Mas apesar de fácil, a tarefa é
completamente complicada para um “corujinha” como ela.
Pessoalmente adorei Sorcha pela sua
maneira de ser, a sua força e a sua paixão. Chorei com ela quando
lhe tiraram uma das coisas mais preciosas que ela tinha e que tinha
criado com todo o seu amor e o seu carinho. Pequena mas de espírito
forte, Sorcha é uma das personagens bem pensadas que Marillier
criou. Admirei, claro está, toda a sua paixão pela Natureza e como
pedia com jeitinho para retirar o que quer que fosse dela.
Os irmão eram perfeitos a sua maneira,
Finbar que tinha uma ligação mais próxima de Sorcha foi um dos
quais senti mais pena, admirei a sua coragem e os seus valores.
A melhor parte deste livro é que
Julliet pega num mito e transforma-o numa linda história,
historicamente realista, e mais uma vez realçando as personagens
fantásticas que cria, toda a magia antiga, e todas as lições que
nos mostra, o amor dos irmãos, ajudar até mesmo os desconhecidos
mesmo que nos digam que é o errado só porque sim.
A história em si é intensa, e
apaixonante e por vezes dolorosa. Uma escrita perfeitamente leve e
com descrições lindas sobre a terra, que nos deixam levar mais pela
história.
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