Autor: Scott Smith
Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 333
Editor: Editorial Presença
Sinopse:
A verdadeira natureza humana numa obra aterradora.
Scott Smith é um escritor conhecido internacionalmente pelo seu indiscutível talento na autoria de thrillers inquietantes. As Ruínas tem como cenário as maravilhosas e deslumbrantes paisagens do México e conta a história de um grupo de turistas de várias nacionalidades que, após o desaparecimento de um dos membros, decide partir à sua procura. Embrenhados na floresta, capturados por um grupo de indígenas armados, carecendo de água e alimentos, conseguirão os turistas vencer a luta pela sobrevivência? Do que será capaz o ser humano ao deparar-se com uma situação extrema? Um livro perturbador, onde Smith explora com uma impiedosa precisão as tensões psicológicas e os insondáveis medos da natureza, e que não conseguirá parar de ler.
Opinião:
Não é fácil escrever um livro de terror. Não é fácil conseguir passar através de palavras o pavor e o horror de certas situações, situações que muitas vezes chegam a cair no ridículo. Só um bom escritor o consegue fazer. E Scott Smith é, indubitavelmente, um bom escritor. Comprei este livro sem razão alguma, e só peguei nele pelas boas críticas que tinha recebido. E ainda bem que peguei...
Podemos encontrar alguns clichés, durante o livro. Personagens demasiado típicas, situações previsíveis que já vimos mil vezes noutras histórias. Mas nem isto parece importante, quando a leitura nos envolve de tal maneira que sentimos esgares de horror e ansiedade a todo o momento. E o livro não nos poupa a horrores: as personagens são levadas ao seu limite, e levam-nos junto com elas. A carga psicológica é imensa, e inevitavelmente somos levados a pensar no que faríamos se fôssemos nós a estar na situação.
Desde o início que se sabe o que vai acontecer às personagens, antes mesmo de elas terem noção disso. Não é a história em si que torna o livro apelativo, o interessante é ver as personagens desenvencilharem-se das situações, inventar métodos de sobrevivência, testarem-se ao máximo. Juntando a isso, Scott Smith é simples e cru nas suas palavras, não poupando os pormenores e fazendo-nos revolver o estômago.
Sou grande fã de filmes de terror, mas nunca tinha encontrado um livro que me fizesse sentir o mesmo ao longo da história. Foi uma leitura rápida e fácil, que me encheu completamente as medidas e que eu aconselho vivamente.
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