Gareth St.Clair vive momentos difíceis. Após a morte do irmão, passa a ser o único herdeiro da fortuna do pai. Infelizmente, o ódio deste por Gareth é tanto que prefere desbaratar o seu património a vê-lo nas mãos do filho. Resta-lhe como legado um velho diário, escrito pela avó paterna, que poderá conter os segredos do seu passado e a chave para o seu futuro. O único problema é que… o diário foi escrito em italiano, uma língua que o jovem não domina de todo.
Por um golpe de sorte, Gareth conhece Hyacinth Bridgerton, a mais jovem menina do conhecido clã, que nunca recusa um desafio, embora o seu italiano deixe muito a desejar. Além disso, Gareth intriga-a, pois parece estar sempre a rir-se dela.
Juntos, embrenham-se nas páginas do velho diário, mas aquilo que vão descobrir transcende as palavras escritas em papel, e manifesta-se sob a forma de um simples – mas inesquecível – beijo...
É impossível continuarmos a seguir esta família sem sentirmos um carinho especial por todos eles, este é já o penúltimo livro, ficando-nos a restar apenas a história de Gregory (e espero que a edições ASA aposte no livro The Bridgerton: Happily Ever After com uma série de segundos prólogos).
Esta é a história de Hyacinth e se no livro anterior já tínhamos tido um vislumbre dela mais crescidinha aqui vemo-la em todo o seu esplendor mas quem não se lembra da criança reguila e divertida de outrora? Lembro-me de uma cena em particular que me fez ansiar pela leitura deste livro, já naquela altura tinha uma personalidade vincada.
Uma das coisas que mais me agradou nesta leitura foi o maior destaque dado a Lady Danbury, avó do protagonista, se já antes tinha adorado a velha senhora desta vez ela conquistou-me por completo, a relação dela com Hyacinth cheia de carinho e cumplicidade mal disfarçada mostram que a jovem tem uma personalidade forte mas doce. Hyacinth é perseverante, cheia de convicções e ideias fixas, com um espírito aventureiro sobre uma capa de ingenuidade.
Em relação ao romance propriamente dito não é muito surpreendente pois percebe-se o interesse e a tensão entre ambos desde o início, como aliás é de praxe nos romances de época, desenrola-se facilmente e não existem grandes problemas.
Garreth tem problemas não resolvidos com o pai e cedo percebemos quais e como isso o afecta mas a descoberta do diário da avó materna irá ajudá-lo a deslindar segredos de família que o farão amadurecer. Se há algo particularmente engraçado é ver este casal numa busca incessante e ver como esta termina. O final é simplesmente maravilhoso e dei uma valente gargalhada.
Escrito maravilhosamente não há defeitos a colocar a Julia Quinn é já uma das minhas autoras favoritas e os seus livros têm lugar de destaque na estante. As suas histórias são bem estruturadas mas simples e as personagens excelentemente construídas fazendo com que a leitura seja fácil e rápida.
Este exemplar foi gentilmente cedido pelas Edições ASA em troca de uma opinião honesta