Quando os magos ameaçam
Belladonna e o seu trabalho para manter Efémera em equilíbrio, o seu
irmão Lee sacrifica-se para a salvar — e acaba por ser internado num
Asilo na cidade de Visão, longe de tudo o que conhece. Ao mesmo tempo,
umas estranhas trevas parecem estar a espalhar-se — uma escuridão que
esconde a natureza dos Xamãs que cuidam da cidade e da sua população.
Danyal, um dos Xamãs, é o responsável pelo Asilo. Mas talvez por estar a
tentar descobrir os seus próprios sonhos, Danyal sente-se intrigado
pelos aparentes delírios de Lee. Com a ajuda de Zhahar, uma mulher com
os seus próprios segredos tenebrosos, a mente e o corpo de Lee melhoram,
e as suas palavras começam a fazer sentido. Em breve, Danyal e Zhahar
começam a vislumbrar o mundo como nunca haviam imaginado. Quando Danyal,
Lee e Zhahar se unem para descobrir o que ameaça a cidade, serão
obrigados a olhar para além de si mesmos — e para dentro de si mesmos —
para descobrir quem são… e até que ponto podem ser demasiado perigosos.
Opinião:
Com a trilogia “Jóias Negras”,
Anne Bishop tornou-se uma das melhores escritoras de fantasia que
alguma vez li.
“Ponte de Sonhos” começa onde
Belladonna acaba. Em que Lee esta a tentar lidar com o retorno de
Belladonna, que não lhe parece ser a mesma pessoa de antes.
Lee vai sacrificar a sua vida
para a poder salvar, porque para ele, Belladonna é tudo o que tem na
vida, a sua irmã, que tanto a ama. E por isso mesmo, o professor e
construtor acaba internado no Asilo na cidade de Visão, afastado do
seu mundo conhecido. Sobre o controle dos magos que o torturam, é
levado para um Asilo onde ficará aos cuidados de Danyal. Este é um
dos Xamãs, que se interessa pelos “delírios” de Lee, e pelos
seus próprios sonhos. Com a ajuda de Zhahar, o corpo e a mente de
Lee ficam mais ou menos restabelecidos e as suas palavras começam a
ter algum sentido.
Lee, Danyal e Zhahar juntam-se para
descobrir que ameaça é que devora a cidade, sendo obrigados a
verem-se a si mesmo como ninguém vê e descobrirem-se.
Foi interessante ter Lee como uma das
personagens principais, ele é forte e poderoso no mundo e vai
descobrir que é mais do que pensava, e foi capaz de me prender até
a ultima página.
A introdução do Danyal foi
interessante também, mas foi Zhahar que achei fascinante por tudo o
que irá representar sozinha e em conjunto com Lee e Danyal.
Fiquei contente por rever algumas
personagens do conto A Voz, que apesar de não serem muito directas
chama quem ainda não o leu, à sua leitura e por um outro lado
“informa” que não é uma história esquecida e que poderemos
saber o que aconteceu a algumas personagens.
Um mundo que é construído perante os
desejos e os medos de cada um e onde as suas pontes levam onde o
coração quer e não onde a razão deseja.
Efémera foi um mundo diferente e que
inicialmente não me tinha cativado, provavelmente pela sua leitura
após a trilogia das Jóias Negras. No entanto após ter dado um
“intervalo” generoso, consegui entrar na beleza deste mundo, numa
nova maneira de o ver, cheio de novos conceitos e de espécies que são
de certa forma próprios de Anne Bishop, único, rico e exuberante e
obviamente repleto de surpresas.
Algo que no meu ver falhou, foi o final
que me pareceu ser apressado e deixou algumas perguntas no ar, o que
não seria de esperar do final de uma trilogia.
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