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Sinopse:
Quando Cathy vê Donna pela primeira vez pressente de imediato a dificuldade que irá ter, ao acolhê-la, em conquistar a sua confiança e entrar no seu mundo. Com muita determinação, Cathy vai conseguindo penetrar a barreira defensiva de Donna, e quando esta começa finalmente a falar Cathy compreende a extensão e profundidade das feridas psicológicas que lhe foram infligidas. Nesta obra inspiradora, a autora foca-se no processo de libertação e regeneração de Donna, e o leitor, embora profundamente envolvido no drama pessoal desta menina de dez anos, não deixa de se sentir também inspirado por uma forte mensagem de esperança.
Opinião Cláudia Lé:
No decorrer da leitura dos livros de Cathy Glass sou confrontada por um constante sabor agridoce. Como poderei gostar tanto de um livro que, infelizmente, acaba por descrever como a natureza humana pode ser tão cruel para com os seus, principalmente para com os seus filhos. É imperdoável o que certas famílias fazem aos seus «pequeninos», tudo com exceção de amá-los, protegê-los, acarinhá-los e transmitir-lhes aquela sensação de estabilidade e segurança que nossos filhos tão bem conhecem.
Estas crianças chegam a casa da autora mal tratadas sob as mais diversas formas, podeis imaginar o mais horrível e de certeza que acabarão por se surpreender, no entanto esta mãe de acolhimento acaba por conseguir de alguma forma, com muito muito carinho, doses elevadíssimas de paciência (nem eu às vezes a encontro, tão escondida se encontra após avisar mais de 20 vezes as minhas filhas a andarem sempre de chinelos) por conseguir incutir nestas crianças o amor que foram rejeitadas muitas, desde o momento de seu nascimento. Por mais que acreditemos que uma criança, sedenta de amor o receberá de braços abertos de qualquer um que o queira dar, desenganem-se, aceitar o amor dos outros aprende-se e aprende-se desde o berço. Se este não for transmitido à criança desde bebé, a criança/adolescente/adulto acabará por achar «normal» a inexistência deste sentimento na sua vida e nem sequer saberá como o aceitar, muito menos como o transmitir. No caso da família da Donna, esta já era infelizmente uma situação recorrente uma vez que os maus tratos infantis recuavam à três gerações.
Aconselho esta leitura a qualquer mãe/pai, uma vez que acabamos por aprender bastante com as técnicas empregues por Cathy Glass e, estou certa, nos dará alguma ajuda a nós pais (im)perfeitos, na educação de nossos filhos que apesar de muito amados e desejados, nos conseguem exasperar. Para pessoas mais sensíveis sou obrigada a avisar da existência de algumas descrições chocantes (menos do que o livro anterior).
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