A Princesa de Gelo
Autor: Camilla Läckberg
Editora: D. Quixote
N.º de Páginas: 400
Edição/Reimpressão: 2012
Sinopse:
De regresso à cidadezinha onde nasceu depois da morte dos pais, a escritora Erica Falk encontra uma comunidade à beira da tragédia. A morte da sua amiga de infância, Alex, é só o princípio do que está para vir. Com os pulsos cortados e o corpo mergulhado na água congelada da banheira, tudo leva a crer que Alex se suicidou.
Quando começa a escrever uma evocação da carismática Alex, Erica, que não a via desde a infância, vê-se de repente no centro dos acontecimentos. Ao mesmo tempo, Patrik Hedström, que investiga o caso, começa a perceber que as coisas nem sempre são o que parecem. Mas só quando ambos começam a trabalhar juntos é que vem ao de cima a verdade sobre aquela cidadezinha com um passado profundamente perturbador…
Opinião:
Ultimamente tem-se visto uma espécie de emancipação dos policiais vindos da Suécia, sendo que Camilla Läckberg é uma das autores que veio nesse pacote. Aliás, esta autora torna-se ainda mais promissora quando na capa do seu livro vem escrito "A nova Agatha Christie que vem do frio". Pena que esta não tenha sido a publicidade mais correcta.
Ultimamente tem-se visto uma espécie de emancipação dos policiais vindos da Suécia, sendo que Camilla Läckberg é uma das autores que veio nesse pacote. Aliás, esta autora torna-se ainda mais promissora quando na capa do seu livro vem escrito "A nova Agatha Christie que vem do frio". Pena que esta não tenha sido a publicidade mais correcta.
Apesar de haver um crime, e se procurar, naturalmente, o culpado, não é aí que está o mais interessante do livro. É que ainda por cima eu consegui deslindar quem era o assassino antes de a revelação ser feita (odeio quando isso acontece!). O mais empolgante acaba por vir junto dos segredos de Alex, da descoberta das pessoas com quem ela se envolvia e o porquê das ligações que se estabeleceram. Para isso, conta-se com personagens que não percebi muito bem o que poderiam esconder e porque agiam assim, até que as revelações mais estrondosas se sucederam e então elas fizeram sentido. Confesso que, apesar de ter acertado no assassino, errei completamente nos motivos, e esses deixaram-me um bocado atarantada, já que não esperava nada daquilo.
Um pormenor que achei realmente muito bem conseguido é que a autora está constantemente a levar-nos por caminhos errados, fazendo-nos acreditar em coisas que depois se revelam erradas. Isso foi algo que me fez duvidar algumas vez nas minhas convicções de quem era culpado e quem era inocente. Posso dizer que pelo menos a autora tem o dom da surpresa.
Achei o livro bem escrito, com os seus pontos mais interessantes, mas que no entanto não me fez aliciar por mais. Talvez isso se tenha devido ao facto de o assassino não ter sido uma surpresa para mim, mas os pormenores que eu achei realmente interessantes não foram suficientes para que fizessem o livro brilhar, para mim. Não obstante isso, gostei do livro, já que, não surpreendendo, me proporcionou alguns momentos agradáveis de leitura.
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