Onde os Últimos Pássaros Cantaram de Kate Wilhelm [Opinião]
By Raquel Maia - 19:51
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Sinopse:
David, estou a contar-te aquilo que o maldito governo ainda não quer admitir. Estamos no início duma longa depressão que vai arrastar a nossa economia, e a de todas as nações deste mundo, para uma crise como nunca antes imaginámos. A poluição espalha-se mais rapidamente do que sabemos. Já estamos com um crescimento zero da população há alguns anos. A fome já se estende a um quarto do mundo, neste preciso momento. Há mais doenças agora do que quando Deus lançou as pragas sobre os egípcios. Há mais secas e cheias do que há registo. Espécies inteiras de peixes desapareceram, simplesmente desapareceram. Não há o raio duma colheita neste mundo que não sofra de algum tipo de praga ou doença, e as coisas só vão piorar. E eles não sabem o que fazer a respeito de nada disto. Estes loucos vão justificar cada catástrofe, atribuindo-a a uma condição isolada, e virarão as costas ao facto de se tratar de uma questão global, até ser tarde de mais para o evitar.
Opinião:
A humanidade está a ser ameaçada com
a sua própria extinção, a poluição parece devorar o mundo todo,
a fome domina mais de um quarto do mundo tal como as doenças, a
economia não para de descer drasticamente, se é que ainda há
economia, e o povo todo está a tornar-se estéril. Até parece
impossível, mas nesta realidade criada por Kate,
demonstra-nos algo que já esteve mais longe de se tornar real.
A
história te inicio com os membros de uma família rica que se
apercebe que a sociedade do mundo esta a entrar num Apocalipse.
Preparando para o pior, constroem o seu abrigo com tudo o que
supostamente necessitam, a própria fonte de energia, métodos de
produção de alimentos, camas, suplementos médicos, escritórios
para elaborarem as suas pesquisas...
Agarrando-se as tecnologias e
desenvolvendo a clonagem, acreditam que nas próximas gerações o
ser humano será capaz de se reproduzir novamente. No entanto os
clones não parecem querer viver na sociedade que se encontram, e por
isso mesmo criam a sua própria sociedade.
Numa escrita delicada e com um toque
poético, Kate consegue neste livro trazer o problema da
individualidade e do individuo em si.
Escrito em 1977, e editado em Portugal
em 2009, este parece ser um livro muito actual e que penso que toda a
gente deveria ler, mesmo não gostando de ficção cientifica.
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