Autor: Tess Gerritsen
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 408
Editor: Bertrand Editora
Sinopse:
Os corpos de duas freiras, vítimas de violência
brutal, encontrados no solo sagrado da Capela da Nossa Senhora da Luz Divina
conduzem a médica-legista Maura Isles e a detective Jane Rizzoli para o centro
da investigação. Não vai ser fácil encontrar uma explicação para aquele cenário
brutal, pois as freiras vivem em clausura, no convento, não tendo contactos com
o exterior. Para adensar o mistério, Maura Isles descobre, ao fazer a autópsia
à irmã Camille, uma jovem de vinte anos, que esta dera à luz pouco antes de ser
barbaramente assassinada. Quando é encontrado o cadáver mutilado e
irreconhecível de uma mulher num prédio abandonado, as investigações mudam de
rumo. Começa então a desvendar-se a tenebrosa relação entre as mortes e, à
medida que segredos há muito esquecidos vêm a lume, descobre-se um antigo
horror que está por detrás destes homicídios horrendos.
Opinião:
Mais uma vez aventurei-me nas demandas da dupla
Rizzoli&Isles. É o primeiro livro que leio da autora em que a figura
central não é Warren Hoyt, e estava realmente curiosa para saber como se ia
desenrolar a trama. Para mim, Warren Hoyt era uma personagem genial, por isso indagava-me
sobre como seria ser um assassino a viver à sombra deste maníaco.
A primeira falta significativa desta história é a própria
Jane Rizzoli. Sim, eu sei que ela me irritava no início, mas aos poucos
conseguiu conquistar um lugar no meu coração. E agora que ela tem a sua vida
pessoal a encaminhar-se, não fazia tanto sentido continuar a fixar-nos nela,
quando havia tanto por falar sobre Maura. Portanto, este é o livro em que
realmente conhecemos Maura Isles, a médica-legista e braço direito de Rizzoli.
Sabemos de onde veio, com quem andou, o que andou a fazer. Não, não é uma vida
tão interessante como a de Rizzoli, pelo menos na minha opinião, o que
realmente me levou a sentir falta da detective. No entanto, era necessário apresentar a personagem de Maura,
já que no livro anterior a referência à sua vida foi muito leve. Apesar de
tudo, Rizzoli brindou-nos com algumas cenas, e deu passos de gigante na sua
vida pessoal, o que me deixou satisfeita.
A história é mais uma vez a roçar o macabro. Duas freiras
assassinadas (quem pode querer mal a duas freiras?), sendo que uma delas estava
grávida, e um cadáver de uma mulher mutilado e irreconhecível. Ora, que poderão
ter estas pessoas a ver umas com as outras? No início não percebemos,
simplesmente porque não estamos focados no ponto central. A investigação
desenrola-se na periferia, caindo sobre factos não tão importantes. A partir do
momento que as coisas se encaminham, não é muito complicado juntar as peças.
O final foi exactamente como eu não gosto: demasiado rápido.
Apesar de nós, leitores, juntarmos as peças, não as ligamos àquela pessoa, porque
é impossível liga-las. Só no momento em que ele erra, é que nós percebemos. E,
tal como eu previa, este pobre assassino fica muito aquém do Hoyt, talvez por
ser um assassino mais casual, e eu gostar mais de serial killers.
Não é o melhor livro da Tess, mas também não é uma leitura
má. Leu-se facilmente e aproveitou-se bem. Nem sendo surpreendente, é
suficiente para fazer um apreciador de policiais passar uns bons momentos.
1 comentários
Tenho esse livro na minha estante à espera lol
ResponderEliminarJá li "Duplo Crime" e adorei, recomendo-te :)
quando puderes gostava que visitasses o meu cantinho : http://palavrassoltas-carol.blogspot.pt/