Título: O mar Vermelho é Azul e outras crónicas
Autor: António J. Farinha Marques
Editora: Edições Vieira da Silva, Abril de 2012
Páginas: 149
Sinopse:
O autor reuniu neste livro a respiga de pequenas histórias, reflexões, evocações de vivências próprias e alheias, lembranças da vida, registos e memórias de viagens, recensões críticas do quotidiano paroquial.
É manifesta a ausência, aliás, ponderada, de uma unidade temática da obra. E também de qualquer ordenação cronológica dos escritos. O livro é uma versão recorrente de um género muito cultivado na literatura portuguesa e brasileira que teveem Miguel Leitão de Andrada, com "Miscellanea" (1629), e, já no século XX, em Jorge Amado ("Navegação de Cabotagem"), Miguel Torga ("Diário") e António Alçada Baptista ("A Pesca à Linha") alguns dos seus mais lídimos obreiros.
É manifesta a ausência, aliás, ponderada, de uma unidade temática da obra. E também de qualquer ordenação cronológica dos escritos. O livro é uma versão recorrente de um género muito cultivado na literatura portuguesa e brasileira que teve
Opinião:
Confesso que o título chamou-me logo à atenção, dada a sua extrema originalidade, e depressa verifiquei que não estava enganada quanto ao conteúdo do livro. Sem uma linha cronológica ou uma temática, o autor António J. Farinha Marques, compilou todas as crónicas que, nos últimos anos, têm surgido na imprensa regional, abordando temas tão variados como o célebre desaparecimento do rei D. Sebastião numa noite de nevoeiro, o centenário da morte de Alves Redol, o conhecido José do Telhado, a tão falada Gripe A, o novo acordo ortográfico, algumas viagens que fez, designadamente a São Petersburgo (cidade agora cheia de contrastes), além de outros episódios que foram marcando o seu dia-a-dia como o caso de um senhor que por dar um murro na mesa e dizer “é por isso que sou comunista” foi de imediato atendido numa longa fila de espera no médico.
Este é um género de publicação que me cativa muito, porque eu própria tenho o sonho de um dia mais tarde fazer algo do género, por força dos escritos que deixo publicados no meu blogue pessoal, entre poemas e outras deambulações, e dos artigos de opinião que todas as semanas dão à estampa no centenário Jornal de Santo Thyrso, publicação com quase 150 anos de história. Fui absorvida por cada palavra, por cada frase, por cada história contada de forma simples e prática neste livro, de modo a ser entendida por todos os leitores. Afinal, a vida é mesmo assim! Não é preciso demasiados floreados para a entender e viver em toda a sua plenitude.
Saudações literárias
Susana Cardoso
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