Sinopse:
O major Jack Novak nunca recusou enfrentar um desafio - até que conhece a enfermeira tenente Ruth Doherty. Quando Jack vai parar ao hospital do exército depois da queda de um avião, decide que a sua missão prioritária é conquistar o coração de Ruth. Não será fácil. Não só Ruth está concentrada no seu trabalho para poder sustentar a família, como carrega um segredo vergonhoso que a impede de entregar o coração a qualquer homem. À medida que o perigo e a tensão da Segunda Guerra Mundial aumentam, Jack e Ruth irão precisar um do outro mais do que nunca. Conseguirá Jack transpor as defesas dela? Ou estarão destinados a seguir caminhos diferentes.
A opinião tem SPOILERS!
A opinião tem SPOILERS!
Opinião:
“Nas Asas
da Memória” segundo livro da trilogia “Nas
Asas da Glória” leva-nos de novo aos anos
40 do século XX e ao período conturbado da Segunda Guerra Mundial.
Desta vez, Sarah Sundin a história de Jack, irmão de Walter, já apresentado
no livro anterior “Nas Asas do Amor”
e de Ruth, uma jovem enfermeira que viveu tempos difíceis para aliviar o fardo
dos pais. Acabando por ficar órfã e encarregue de oito irmãos, fez de tudo
para os sustentar e devido a isso carrega um segredo vergonhoso.
Consumida pelo pecado que cometeu, não ambiciona
nem namoros nem casamentos até ao dia em que Jack vai parar na sua enfermaria
ferido. A relação entre os dois nasce e apesar das tentativas do major, a aversão de Ruth ao amor,
o medo de ver descoberto o seu segredo
íntimo faz com que feche o coração
numa carapaça de ferro bem dura, que nem o maior amor de Jack consegue
amolecer.
Mas não é só a protagonista que carrega culpa nos
seus ombros. Jack por sua vez, não se sente inteiramente feliz pois,
devido à família, sempre esteve dividido
entre a vida militar e o sacerdócio. Envergonhado por nunca ter ouvido o chamamento de Deus, decidiu enveredar
por uma carreira de piloto, mantendo um orgulho de ser um dos melhores a
comandar as tropas em combate.
É logo a partir dos problemas pessoais das
personagens que a minha birra com este livro começou. Achei ambos os
protagonistas muito lamechas, sempre
descontentes com a vida que tiveram.
Por um lado entendo bem o motivo de Ruth ser como
é, muito tímida, fechada, não querendo entregar-se a ninguém, depois do que lhe
aconteceu. Mas o facto de ter sido violada, não diminui as suas acções no
passado! Para já, achei todo o “segredo vergonhoso” muito previsível, presumi
logo que tinha sido violada. Bingo E
depois toda aquela explicação de “eu sou a vítima, não tive culpa” também não
caiu muito bem.
A sério
então ela não tem dinheiro, aqui tudo bem, mas ah até dizem que eu beijo bem, vou montar um negócio de beijos, aos 13 anos (muito precoces estas jovens!) para ganhar
uns trocos. Façam fila à porta se quiserem, ou tirem senha. Claro que não tardou muito até que alguns destes
rapazes quisessem mais que um beijo.
Achei todo este motivo muito nem sei, sem qualquer sentido, a autora nem precisava de ter
inventado o negócio dos beijos só para caracterizar uma personagem de frágil,
magoada, atormentada pelo passado. Apenas
a dor de perder ambos os pais e de ter de sustentar os irmãos serviria para
mostrar o desinteresse de Ruth em relação ao amor. Mas claro que sendo este um romance cristão, tinha de haver algo
polémico e que mostrasse que todos pecamos e esperamos pelo perdão de Deus. Eu
não tenho muita paciência para estas religiosidades
e portanto esta parte foi um dos grandes problemas que tive com o livro. Mas o
pior de tudo é que apesar de já ter sofrido no passado, Ruth volta-se a
envolver num novo esquema para ganhar mais dinheiro! Que burra!
O começo do
romance demorou muito para aparecer, só a partir da página 330 é que os
protagonistas se entenderam, ou seja a 100 páginas do fim. E digo começo porque
não há mais nada para além disso. Depois de juntos e tirando algumas páginas no
final, não há cenas românticas. Que desilusão. Foi outro dos aborrecimentos
deste livro, o amor dos dois apresentou-se como algo morno, sem emoção e principalmente sem química. Que livro mais sem
sal.
Concluindo, este segundo livro foi “um tiro ao
lado” e achei-o bastante mais fraco que o primeiro. Mesmo assim aguardo pelo
terceiro volume da trilogia “Nas Asas do
amanhã” a ser publicado em 2013.
3 comentários
Antigamente aos 13 anos as raparigas já eram quase mulheres, casavam muito mais cedo, amadureciam mais rápido. Hoje é que elas são precoces. :D
ResponderEliminarA parte dos beijos serviu para introduzir o motivo de ela ter sido violada. Achei que fazia todo o sentido pois ela não podia ser só frágil e magoada para que um simples beijo lhe desse a volta ao estômago, mesmo que fosse o beijo do homem que ela amava. Então aí não tenho nada a dizer.
Mas concordo contigo em algumas coisas. No primeiro livro a questão da fé não me incomodou nada mas neste livro ficou bastante exagerada! E andaram ali a embrulhar o livro todo para terminar daquela forma precipitada. Achei um bocado sem noção ambos estarem a enfrentar os seus medos no mesmíssimo momento e depois dá-se ali um climax e ela resolve que está pronta. Um trauma como o dela duvido que se resolva só assim. Acho que era oportuno mostrar como ela superava a parte sexual mas esta autora parece-me muito conservadora. O casal teve menos química que o anterior, a meu ver. E aquela parte de ele ter migalhas no bigode foi o cúmulo da sensualidade (NOT). Já ter bigode eu não gostei nada, mas ela podia ter-se abstido de referir as migalhas. :D
Mesmo assim gostei muito da história no todo mas quanto a mim não merece 5 estrelas. E a revisão da Quinta Essência está péssima. Imensos erros. Que desleixo!
Antes de mais, obrigada pelo comentário! ;)
ResponderEliminarSim, tens razão, antigamente aos 13 anos já eram umas mulherzinhas e realmente não analisei bem esse ponto.
Quanto aos beijos, o que quis dizer é que o negócio dos beijos foi uma introdução no enredo que não teve muito sentido, a Ruth bem podia ter sido violada por alguém, não necessariamente a partir de um negócio e a partir daí ficar traumatizada com isso e não querer envolver-se com ninguém.
Por mim nem 3 estrelas merece, dei-lhe duas, quanto muito duas e meio. Adorei o primeiro livro, mas este está num nível muito inferior, e concordo, a autora mostra-se e acredito que seja conservadora. Estes livros estão catalogados como "romance cristão" um género muito popular nos USA, e normalmente estes livros são muito religiosos e raramente tem cenas de beijos, quanto muito menos de sexo.
Mesmo assim vou ler o terceiro, mas pelo que ouvi, estes livros não tem tido um feedback muito positivo e tirando o "Nas asas do amanhã" duvido que a Quinta Essência publique mais livros desta autora.
De nada. :)
ResponderEliminarSim, visto por esse ponto de vista tens razão. Mas sendo conservadora como é, a autora tinha que ir buscar lá um choradinho qualquer para inocentar a moça. Ela andou a beijar rapazes para ajudar a família, coitadinha. :D
Se for para os livros dela serem todos nesta base realmente mais vale não publicarem mais nada porque cansa (montes de religião, enfermeiras e montes de conversa sobre aviação). Para mim o primeiro foi consideravelmente melhor.
bjs!