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Sinopse:
Chicago. 1893. Um homem construiu um paraíso na terra. Outro construiu um inferno ao lado. Em O Demónio na Cidade Branca, Erik Larson, autor do best-seller No Jardim dos Monstros, cruza a história da Feira Mundial de 1893 com o percurso de H. H. Holmes, um serial killer astuto que, através da feira, atraiu dezenas de pessoas para a morte. Um livro que combina uma pesquisa meticulosa da recém-descoberta História e as emoções da melhor ficção, dignas de um thriller.
Este foi o primeiro livro deste autor, até à data desconhecido para mim, no entanto, desde a leitura da sinopse deste livro que me encontrava deveras curiosa com o mesmo. Após a sua leitura poderei afirmar que as expetativas que tinha para com o mesmo divergiram em larga escala da leitura do mesmo... pela positiva.
Talvez por ser amante de thrillers e policiais, não esperava um livro que, aos olhos do «comum dos leitores», poderá parecer uma autêntica enciclopédia histórica. Antes de mais, devo felicita o autor pelo exaustivo trabalho de pesquisa para com este livro. Em poucas páginas, sentimo-nos sugados para dentro da narrativa, narrativa densa e detalhada, paralela a uma escrita fluida e envolvente. Como o diz o ditado: «primeiro estranha-se, depois entranha-se» e realmente a narrativa acerca de duas personagens tão distintas quanto Daniel H. Burnham, o arquiteto principal do projeto da Feira Mundial a decorrer em Chicago e H. H. Holmes, um atraente médico também com gostos arquitetónicos mas a outros níveis.
O primeiro projeta a construção da Feira Mundial, à primeira vista com a intenção da comemoração do descobrimento da América por parte de Cristóvão Colombo, no entanto por detrás deste projeto, existe uma sede megalómana por parte de seus criadores em superar a Feira de Paris e serem reconhecidos mundialmente.
De forma também muito megalómana, H. H. Holmes acaba por adquirir uma farmácia perto da feira, bem como um terreno onde constrói o seu Hotel da Feira Mundial. As verdadeiras intenções por detrás deste Hotel claro está, são do mais macabro possível uma vez que o edifício é, nada mais nada menos, do que o palco da mente deste psicopata. Este é o local onde analisa e disseca as suas vítimas, conduzindo-as aos limites das mesmas, uma vez que a própria mente de Holmes não encontra quaisquer limites no que ele justifica como sede de conhecimento. Holmes as tortura e mata as suas vítimas, numa sede incontrolável de loucura.
Ambos os projetos surgem de mentes brilhantes, embora que os fins de ambos difiram em larga escala dos meios utilizados, acabando por se cruzar sob a forma de mortes e da descoberta dos crimes horrendos, crimes esses que serão ser sempre associados à Feira Mundial... ironias à parte, da fama não se livrou!
Um livro diferente mas que recomendo sem sombra de dúvida e com uma capa muito apelativa!
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