Sinopse:
Desde a morte da shellan que Tohrment é uma sombra do líder vampiro de outrora. Fisicamente debilitado e profundamente destroçado, foi levado de volta à Irmandade por um anjo caído egocêntrico. De regresso à guerra com um desejo de vingança implacável, não está preparado para enfrentar um novo tipo de tragédia. Quando Tohr começa a ver a sua amada em sonhos - presa num mundo frio e isolado, longe da paz e da tranquilidade do Vápido - aceita a ajuda do anjo, na esperança de salvar quem perdeu. No entanto, como Lassiter lhe diz que tem de aprender a amar outra vez para libertar a sua antiga companheira, Tohr apercebe-se de que estão todos condenados... É nessa altura que uma fêmea com uma história obscura começa a aproximar- -se dele. No cenário da guerra com os minguantes e com um novo clã de vampiros a almejar o trono do Rei Cego, Tohr debate-se entre o passado enterrado e um futuro escaldante e cheio de paixão... mas será capaz de libertar o coração, e a todos eles?
Opinião por Sofia Mesquita:
Conheci J. R. Ward através de uma amiga (D. Vera Carregueira, não sei se conhecem!) que, depois de lhe perguntar o que achava da autora, simplesmente me disse para pegar num livro e ler porque de certeza que ia adorar. E essa amiga tinha toda a razão. Assumo-me aqui hoje, publicamente, como uma fã incondicional de J. R. Ward e dos mundos fantásticos com que nos tem brindado. A Irmandade da Adaga Negra é uma saga que rapidamente devorei e que agora me deixa sempre em pulgas à espera do próximo livro. Este não foi excepção.
Na guerra instalada há séculos entre os Minguantes e a Irmandade, a morte de Wellsie foi certamente o mais duro golpe. De uma forma ou outra acabou por marcar a vida de todos na casa de Wrath e da Irmandade e por mudar de forma determinante a vida de Thorment, que perdeu não só aquele que foi o único amor da sua vida como também o filho que ambos esperavam.
Perdido, completamente destroçado e desorientado, Thorment desaparece após a tragédia da morte de Wellsie, regressando meses depois pelas mãos de Lassiter, o estranho anjo que tem como principal missão (aparentemente) fazer a vida de todos num inferno. Apesar do regresso e da forma extraordinária como é recebido por todos, Thorment é apenas a sombra do espectacular guerreiro de outros tempos e não será fácil trazê-lo de volta à realidade. Dedicado a combater os Minguantes de forma exemplar e a afundar-se no seu sofrimento, será através de Lassiter, com o seu mau feitio e terrível sentido de oportunidade, que Thor se apercebe que a sua amada Wellsie e o filho estão presos num sítio que nem é cá nem é lá e que, a fim de os libertar e impedir que desapareçam de vez, terá de seguir com a sua vida.
Para isso não basta aceitar a morte de ambos: Thorment terá de aprender a entregar o seu coração novamente e deixar-se apaixonar. É nesse momento que se destaca No'One, que lentamente se vai aproximando de Thor, procurando transpor as barreiras que tanto um como o outro ergueram à volta dos seus corações. Mas a questão que se coloca é se serão ambos capazes de superar o terrível passado que os une e que ao mesmo tempo os afasta? Serão capazes de deixar cicatrizar as feridas e seguir frente?
Paralelamente, a ameaça ao trono, a expectativa de uma aliança estratégica e as tentativas de Xcor para afastar Wrath de vez da liderança do mundo vampírico, conduzem todos numa luta sem fim e sem tréguas, não só pela sobrevivência do Rei, mas da própria raça, o que nos transporta para um final inesperado e carregado de emoções fortes.
Devo dizer que mantive sempre a esperança, ao longo da saga, que Wellsie voltasse de alguma forma. Ward conseguiu poupar Mary e ressuscitar Jane, pelo que sempre acreditei que veríamos Wellsie regressar à história. Toda a sua vivência com Thor, de que nos vamos dando conta através de flashbacks e sonhos, bem como a forma como ela recebeu John Matthew e praticamente o adoptou como filho, fez-me querer que esta personagem continuasse connosco e lá fui alimentando a esperança de vê-la regressar.
Apesar disso não ter acontecido e ainda que não seja fácil suplantar a história de amor que a unia a Thor, a verdade é que, como todos os romances publicados nesta saga, Ward consegue novamente surpreender-nos, superar-se e criar um enredo que nos agarra da primeira à última página. Com as doses certas de erotismo e sensualidade, “Na Sombra da Vida” é mais uma excelente história de amor, lealdade e sacrifício, que nos arrebata com um final absolutamente alucinante e que nos deixa a esperar ansiosamente pela continuação da saga.
Fica a expectativa de saber qual a evolução de personagens como Qhuinn e Assail, de descobrir se Wrath aguentará as investidas de Xcor e Companhia e de termos um livro exclusivamente dedicado ao Lassiter. Leiam “Na Sombra da Vida” e depois digam-me lá se este senhor não merece um livro só para ele.
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