The catastrophic history of you and me de Jess Rothenberg [Opinião]
By Mafi - 11:52
Sinopse:
Dying of a broken heart is just the beginning.... Welcome to forever.
BRIE'S LIFE ENDS AT SIXTEEN: Her boyfriend tells her he doesn't love her, and the news breaks her heart—literally.
But now that she's D&G (dead and gone), Brie is about to discover that love is way more complicated than she ever imagined. Back in Half Moon Bay, her family has begun to unravel. Her best friend has been keeping a secret about Jacob, the boy she loved and lost—and the truth behind his shattering betrayal. And then there's Patrick, Brie's mysterious new guide and resident Lost Soul . . . who just might hold the key to her forever after.
With Patrick's help, Brie will have to pass through the five stages of grief before she's ready to move on. But how do you begin again, when your heart is still in pieces?
Faz parte do ser humano desiludirmos-nos ou pior desiludir alguém. Cortar relações, sejam elas de trabalho, amizade e de amor. Partir o coração de outra pessoa. É intrínseco e muitas vezes involuntário, não é a nossa vontade mas é o que achamos o mais correcto.
Brie de certeza que não pensa desta forma. É uma rapariga normal, com três melhores amigas, uma família à primeira vista perfeita e uma vida pacata em São Francisco. Até que o seu mundo transforma-se quando Jacob, o seu namorado, acaba com ela, deixando-a literalmente de coração partido, a causa da sua morte.
A premissa do livro à partida interessou-me bastante. Fez-me lembrar e muito outro livro do género "Ghostgirl" de Tonya Hurley, onde a personagem principal morre engasgada com gomas. Aqui a morte de Brie não é tão caricata, ela realmente morre com o coração partido em duas metades. Dispensada da vida real, Brie fica no limiar entre o céu e a Terra, enfrentando um estágio da sua morte, em que precisa completar várias fases de modo a deixar para trás toda a mágoa e amargura que sente pelo que lhe aconteceu. Este estágio não é nada mais nada menos que uma análise às consequências da sua morte e o impacto que teve na vida da sua família, dos seus amigos e até do seu animal de estimação. Apesar de este enredo não ser original, como disse já tinha lido um livro em que a personagem torna-se um fantasma e observa a vida de todos os outros, gostei mais do rumo que Rothenberg deu, a autora conseguiu incutir várias lições morais de modo a que Brie aceitasse o seu destino final e a sua morte prematura.
O que não funcionou para mim no livro? Logo após a morte de Brie, é introduzido Patrick, um rapaz que também morreu jovem e que torna-se o braço direito de Brie, ajudando-a no seu período de luto. Pouco a pouco vamos ficando curiosas com o motivo de morte de Patrick e porque este é tão protector quando a Brie e parece conhecê-la tão bem. As últimas cinquenta páginas tomam um caminho que não me agradou e acho que a autora meteu os pés pelas mãos, querendo introduzir uma história de reencarnação e de almas gémeas que não ficou muito bem explicada na minha opinião. Foi pena esta última parte do livro, porque até aqui o livro estava a ser não só uma leitura agradável, com uma escrita envolvente e simples, como a autora conseguiu apelar (falando por mim claro) a uma reflexão profunda sobre o quanto a vida é curta.
Não é um livro superficial como possa dar a entender. Apesar de alguns pontos negativos, no geral o saldo é positivo e faz-nos pensar. E é sempre positivo quando os livros nos marcam de alguma maneira.
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