Comic Con Portugal 2019 | Parte 2

By Vera Carregueira - 15:32


Domingo, cheguei com o mesmo entusiasmo mas logo esmoreceu, havia sido tão fácil assistir aos painéis na véspera que não esperava uma enchente para o Golden Theatre para o Benedict Wong - De Prometheus a Dr.Strange. De repente, atingiu-me com a força de um soco, estavam ali para a Millie. Vou fazendo o meu reconhecimento pelo recinto como no dia anterior e começo a perceber que o auditório está cheio desde manhã, que as pessoas não saem, que mais ninguém irá entrar, que está uma valente confusão porque a Comic Con estava cheia de adolescentes que queriam ver a protagonista de Stranger Things. Confesso que ao ver todo este cenário fiquei estarrecida, centenas e centenas de pessoas esperavam à esturra do sol há horas e nem iriam ter oportunidade de ver fosse o que fosse. Não é que todos pudessem assistir como é óbvio, mas torna-se muito incorrecto, uma pessoa querer assistir a um painel e não poder porque o auditório encheu com pessoas que queriam ver o painel das 15h. Senti-me defraudada. Não por não ter assistido mas por tudo aquilo que estava à minha frente. Ainda por cima esperava fazer um directo na altura para mostrar a confusão e as filas e nem os dados móveis davam, havia uma falha de internet absurda.
Uma péssima organização que levou a que fossem vendidos bilhetes indiscriminadamente sem qualquer noção do caos que iria causar. De forma errónea e poderei mesmo dizer irresponsável os fãs não foram avisados atempadamente do número de autógrafos e fotos que a actiz iria ceder, que como seria de esperar, era limitado (a 300 que era um número elevado). O português também no meio da sua chico-espertice deixava-se ficar nas filas porque ainda poderia surgir uma oportunidade, depois de terem sido avisadas que já estava esgotado. Notei uma gritante falta de voluntários, staff então acho que não vi ninguém, não havia sinaléctica, nem havia programas a serem distribuídos. Eu tive de me guiar pelo meu telemóvel para perceber onde ir e o que ver e acabei por perder mais por falta de internet.
Se as filas é algo normal neste tipo de eventos, o mesmo não se pode dizer do calor insuportável. Ao fim de menos de duas horas acabei por ir para casa porque me senti mal com o sol forte, acabando por ter sido um dia quase desperdiçado.
Levantam-se, nas redes sociais, vozes de protesto contra este último dia, contra a organização, contra os fãs de Millie Bobby Brown que não entenderam que este é um evento de cultura geek e não um evento de uma pessoa só e que muitas outras pessoas gostariam de ter aproveitado o dia e o espaço sem tropeçar em adolescentes histéricas.
No geral o meu primeiro dia de CCPT foi bastante agradável, adorei o ambiente, confesso que esperava mais cosplay e aproveitei bastante o que consegui explorar. O segundo, que durou menos de duas horas, foi complicado e devido ao sol intenso e a uma quebra de tensão tive de sair sem aproveitar nada, tornando-se extremamente frustrante.

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