Millie Bobby Brown. O nome da
jovem actriz de quinze anos andou na boca dos portugueses vários dias. A
confirmação chegou no final de Agosto e fez o delírio dos fãs, a protagonista
de Stranger Things viria a Portugal. No dia seguinte eu teria a confirmação que
teria acesso à Acreditação de Imprensa. Claro que como blogger e fã da série
fiquei bastante contente, havia ainda outros painéis muito interessantes além
de todo o ambiente geek que iria viver.
Foi a minha primeira vez neste
evento, no ano passado estava a trabalhar e nos anteriores era em Matosinhos e
a deslocação não me era possível. Ia com as expectativas em altas, por motivos
pessoais não foi possível ir nos primeiros dois dias mas no fim de semana não
perdi a oportunidade. Ao chegar a Algés já se viam as tendas ao longe e o
coração pulava forte, ia finalmente ao maior evento geek do país, julgava eu.
A Acreditação seria levantada no
mesmo local do ano anterior, juntamente com uma pulseira de acesso ao recinto.
Ora o ano passado não fui portanto não sabia onde era, depois de andar vários
metros de um lado para o outro lá descobri onde era, deram-me a acreditação mas
a pulseira de acesso nada. Mandaram entrar pela lateral, não achei muito
normal, a imprensa a entrar pela “porta do cavalo”? Uma entrada ridícula cujo
acesso mais rápido era pelas traseiras da área de alimentação, naquela hora
(13h) estava a abarrotar com filas enormes, nada de anormal para o dia e o
evento. Atravessei todo o recinto até à entrada principal e só aí comecei a
olhar melhor em volta. O espaço é, de facto enorme, lamentavelmente com uma
parte substancial ao ar livre, sob um sol de mais de 30 graus.
Como seria de esperar havia
imensas filas para todas as actividades e foram variadas e com bastante adesão
do público. As tendas eram enormes com várias entradas/saídas abertas para
circulação de ar e ainda com um sistema de ventilação que mesmo assim não foi
suficiente mas ajudou imenso. A tenda Geek Market era um dos meus maiores
objectivos no primeiro dia, pretendia ver como estavam os vendedores, a
circulação das pessoas e num primeiro momento achei bastante fácil de andar por
lá, consegui circular em todos os corredores livremente, vi todos os vendedores
e espreitei o Artist Alley, que na altura não tinha nenhum em sessão de
autógrafos. A tenda só encheu mais perto do meio da tarde e mesmo assim a
circulação foi bastante fácil. Cá fora também existiam vários vendedores,
incluindo a Fnac e a editora 20|20 e Kingpin Books além de mais um espaço da
Devir, este dedicado aos jogos (o de dentro da tenda era virado para os
mangás).
Apesar de não ser muito fã de
jogos não deixei de visitar a tenda de Gaming onde se viam muitas pessoas
entusiasmadas a experimentar novos jogos ou a assistir a partidas empolgantes,
via-se na cara de quem jogava a concentração ou excitação de um momento único.
Segui rapidamente para o Golden
Theatre, queria muito assistir ao painel Um dia na vida de um Vingador com
Benedict Wong o que infelizmente se veio a perceber rapidamente ser um fiasco.
Acabei por sair passados 10 ou 15 minutos porque onde eu estava, a meio do
auditório, o som simplesmente não chegava. Depois de fazer um esforço imenso
para tentar perceber a conversa, acabei por desistir o que foi bastante
frustrante. Acabei por decidir ir almoçar a essa hora e felizmente nessa altura
as filas era bastante pequenas.
Às 17h dirigi-me novamente ao
Golden Theatre para o painel "A herança de um Viking com Alexander
Ludwig" e posicionei-me na terceira fila o que se mostrou um golpe
certeiro. Foi um painel fantástico, dirigido por Joe Reitman, uma entrevista
espectacular excelentemente conduzida pontuada por momentos de humor, uma
imensa partilha por parte do actor de Vikings e perguntas extremamente pertinentes
por parte dos fãs. Foi de facto o ponto alto desta minha ida à Comic Con.
Por motivos de saúde, tive de ir
para casa logo a seguir com a promessa que voltaria no dia seguinte para mais
uma tarde de emoções, afinal haveriam vários painéis que me interessava
assistir.
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