A Rapariga do Calendário - livro 2 | Audrey Carlan | Planeta | Opinião

By Vera Carregueira - 15:54



A jornada de Mia Saunders, acompanhante por força das circunstâncias, continua neste segundo volume de A Rapariga do Calendário! Nos três meses que se seguem, Mia viaja para Boston, Oahu e Washington DC. Em Abril, faz-se passar pela namorada do mulherengo Mason Murphy, um jogador de basebol profissional que precisa de melhorar a sua imagem, e acaba por decobrir que ele não é exactamente aquilo de que estava à espera. Maio encontra Mia a incendiar o sangue de Tai Niko, modelo fotográfico e intérprete da dança do fogo samoano, enquanto participa numa campanha publicitária que tem como objectivo demonstrar que a beleza não é uma questão de tamanho. Em Junho, a missão de Mia é servir de enfeite de braço a Warren Shipley, membro do grupo conhecido como Um por Cento. Enquanto finge ser uma caçadora de fortunas, descobre que Warren tem de facto um coração de ouro. Pena é que o atraente filho, Aaron, senador pela Califórnia, não seja em nada parecido com o pai.



 Ao acabar o primeiro livro só pensava "quero mais" e no fim do segundo o pensamento foi "setembro está tão longe". Parece que quanto mais leio mais gosto da série o que me parece um bom augúrio para os dois próximos volumes. O livro 2 chegou na quinta e sexta à tarde já tinha terminado, como é que acabou tão depressa? Mas convenhamos que não o conseguia largar.

O segundo trimestre do ano é muito interessante, vamos ver Mia a explorar outro lado de si, o lado carente, com poucos amigos e suporte da família. Houve um aspecto que me irritou sobremaneira, o pai de Mia continua hospitalizado e é sobre os ombros da jovem que recai todas as responsabilidades (algo que ela assume desde muito nova) incluindo cuidar da irmã que tem 19 anos. Vemos durante toda a narrativa não só Mia mas o namorado da irmã a condená-la por, durante um ano e enquanto ganha dinheiro de uma forma que poderia ser bastante sórdida para pagar as dívidas do pai, pensar mais em si. A sua ausência não é motivada por indiferença por isso custa-me um pouco ver esta culpabilização (e o apontar de dedo) mesmo que a protagonista tenha decidido aproveitar cada segundo desta jornada.

De qualquer forma adorei o livro, acho que explora o lado mais familiar e pessoal de Mia e não tanto o lado sentimental, um aspecto que me agrada bastante é a média de homens com que Mia tem sexo (não vou referir qual a média) acho que muda um pouco a perspectiva inicial da história. Quando Abril começou pensei que seria um mês bastante problemático mas na verdade foi muito divertido, as personagens deste mês deram uma grande leveza à história ao contrário de Junho que foi particularmente complicado. Maio é um mês escaldante e apaixonamo-nos por Tai e a forma como venera profundamente as suas raízes.

Mia imiscui-se na vida pessoal dos seus clientes acabando por desenvolver amizades profundas mesmo quando se intromete onde não deve acabando por perceber as "deficiências" que ao longo dos anos acabou por desenvolver neste campo.

Vemos muito menos de Wes aqui neste livro mas confesso que o pouco que apareceu não fez grande diferença na trama, acho que as breves referências acabam por ser uma forma de o leitor não se esquecer os acontecimentos de Janeiro.

Mais um livro deliciosamente arrebatador que explode com todos os termómetros deste verão. Setembro chega logo!




Exemplar gentilmente cedido pela Planeta para opinião honesta

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