Coração Selvagem | Elizabeth Hoyt | Opinião

By Vera Carregueira - 10:33

Irá ela conseguir derrubar as defesas dele?

Reynaud St. Aubyn passou os últimos sete anos num cativeiro infernal. Agora meio louco com febre, surge de repente no seu lar ancestral e exige o que lhe é devido. Pode este homem de aparência selvagem ser realmente o último herdeiro do conde, julgado morto por índios anos atrás?
Beatrice Corning, sobrinha do atual conde, é uma boa jovem inglesa. Mas tem um segredo: nenhum homem em carne e osso a excitou mais do que o belo jovem do quadro pendurado em casa do tio. De repente, esse mesmo homem está ali, em carne e osso… e a atraí-la para a sua cama.
Apenas Beatrice consegue ver o homem nobre dentro do aspeto selvagem de Reynaud. Reynaud sente-se atraído por aquela jovem encantadora, embora desconfie da lealdade dela. Mas poderá o amor de Beatrice domar um homem que não se deterá diante de nada para recuperar o seu título… mesmo que isso signifique sacrificar a inocência dela?



Sou fã desta série da Lenda dos Quatro Soldados de Elizabeth Hoyt pelo que quando saiu Coração Selvagem quis lê-lo de imediato, as expectativas eram elevadíssimas, principalmente tendo em conta o facto do protagonista ser Reynaud St. Aubyn e que é o irmão da protagonista do primeiro livro Emeline, o qual havia sido dado como morto.

A reviravolta que se dá com o regresso de Reynaud dá um novo ímpeto à história, levando finalmente às respostas que tanto precisavam de ser encontradas, quem foi afinal o traidor que levou à morte e tortura de tantos homens. Infelizmente de inicio este não poderá dizer muito devido à fragilidade da sua condição física e psicológica uma vez que as mazelas do cativeiro onde foi mantido foram imensas. Desde cedo conseguimos prever que Reynaud não será um homem de trato fácil devido à sua obsessão em recuperar o título e a vida que tinha perdido pela irracionalidade patente em várias das suas acções. Porém é Beatrice quem vai ajudar à redenção do reaparecido Aubyn. Esta não é a jovem tímida e calma que parece, ela luta pelos seus ideiais e mostra-se forte e racional mesmo em momentos de tensão.

Gostei bastante da forma como o casal se vai conhecendo e entrosando e em como aos poucos Reynaud se vai abrindo com Beatrice, também a componente erótica está muito bem inserida revelando uma intimidade e uma cumplicidade maior que os dois conseguem perceber.

Fiquei deliciada com esta leitura, a história não é muito complexa e vamos tendo vislumbres dos personagens dos outros livros, lentamente tudo se vai compondo e todas as ligações estabelecidas. Elizabeth Hoyt tem uma escrita simples e bastante fluída o que fez com que eu lesse este livro em poucas horas, ficando extasiada com o final mas ao mesmo tempo triste por ter terminado a série (não ficam assim também quando uma série chegam ao fim e dá um saudosismo?, eu fico). Temos assim uma bela história de amor e o desvendar de um mistério cheio de contornos macabros. Adorei!

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