Autora: Tess Gerritsen
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 328
Editora: Bertrand Editora
Sinopse:
Ao ser chamada ao local de um crime, a detective Jane Rizzoli, da polícia de Boston, faz uma descoberta aterradora: o homicídio aparenta ter sido cometido por Warren Hoyt, o Cirurgião, um perigosíssimo psicopata que um ano antes a deixou quase morta e marcada para sempre. Porém, isso não é possível, já que o Cirurgião está na prisão para onde ela mesma o mandou...
Tratar-se-á de um imitador? À medida que novos corpos são descobertos, os seus medos ressurgem, principalmente quando Jane descobre que Hoyt fugiu da cadeia determinado a acabar o que começou... e desta vez a vingança será mais cruel do que ela pode imaginar.
Opinião:
Esta é a continuação daquele que eu achei um óptimo livro, “O Cirurgião”. Nele conhecemos um assassino frio e cruel, que se acha capaz de expurgar os males de determinado grupo de mulheres arrancando-lhes o útero. Neste livro, “O Aprendiz”, temos duas histórias que se cruzam: a do “Cirurgião”, que continua a brindar-nos com os seus belos e temerosos pensamentos, e a do “Dominador”, o novo assassino que nos é apresentado, e que parece, ao início, ser um imitador daquilo que o “Cirurgião”, fizera.
Comparando com o antecessor, temos aquilo um livro não tão feito para chocar. Talvez porque já se tinha visto de tudo no primeiro, era difícil Tess superar-se nisso. Mas não implica que o livro ficasse a perder, antes pelo contrário: assim, foi mais fácil concentrarmo-nos noutros pormenores. Então, já que perde na violência, este “O Aprendiz” ganha no que toca às personagens, e isto é sem dúvida uma mais-valia.
No fim do primeiro livro tinha dito que não tinha gostado de Jane Rizolli. E não era para menos! Toda aquela ânsia de mostrar que era melhor que os homens, de se inferiorizar por ser mulher, irritava-me profundamente. Felizmente, e depois do que viveu no primeiro livro, Rizolli foi obrigada a deixar cair a máscara e deixar mostrar o que realmente é e não quer admitir: uma mulher e, sobretudo, uma vítima! Sim, foi bom ver a detective a perceber que não era invencível, e que precisaria sempre da ajuda de alguém, homem ou mulher!
Mais interessante ainda, foi entrar na cabeça do “Cirurgião”. Porque motivo uma pessoa à partida perfeitamente normal sentiria prazer ao ver mulheres a ser torturadas? Sim, neste livro é procurada uma explicação para tamanha barbaridade. Curiosamente, e talvez seja esta uma das partes mais perturbantes do livro, o assassino continua a pegar em actos cometidos na história da humanidade, actos tão hediondos quanto os seus, para se justificar. Afinal, todos temos alguma maldade dentro de nós, apenas uns a controlam melhor que outros!
A maior desilusão foi o final. Durante várias páginas Tess fez um interessantíssimo enredo, cheio dos pormenores que ela mais gosta, e quando está a chegar ao fim resolve tudo em menos de uma página. Não gostei, especialmente quando já estava a especular o que iria acontecer a Rizolli. Em todo o caso, este continua a ser um óptimo livro, com um ritmo avassalador, actos de cortar a respiração, e, desta vez, até algum romance à mistura! Gostei mais do seu antecessor, mas este não lhe fica muito atrás.
1 comentários
Gosto muito desta escritora.
ResponderEliminarparabéns pelo blog!
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