segunda-feira, 2 de maio de 2016

Série | Bitten | Opinião

Permitam-me que comece o post desta com uma confissão: é possível que eu veja demasiada televisão. Senão demasiada, pelo menos numa quantidade bastante considerável. E uma das coisas que mais gosto de ver são histórias que tenham sido adaptadas de livros... Hoje venho falar-vos brevemente sobre uma dessas adaptações.


Falo-vos então de Bitten, primeiro livro da série Women of the Otherworld, da autoria de Kelley Armstrong. Bitten conta-nos a história de Elena, uma estudante de jornalismo da Universidade de Toronto que acaba por se ver envolvida com o mundo sobrenatural, cortesia da relação na qual se envolve com o seu novo professor, Clayton Danvers. Mas não pensem que esta é uma das tão comuns narrativas da donzela em apuros! Não, longe disso. Elena é algo de extraordinário...  Elena torna-se a única lobisomem mulher a alguma vez ter existido. Intrigados? Não? É pena, a mitologia desta história é bastante interessante e vale a pena ficar a conhecer.

Tendo lido apenas uma novella e o primeiro livro desta série, admitidamente na diagonal por ser tão semelhante ao eventos da primeira temporada, posso dizer que esta premissa à primeira vista tão simples foi sempre arranjando maneiras entusiasmantes de prender a minha atenção, independentemente de ter ou não continuado a ser uma adaptação fiél. No entanto, a opinião geral por parte de grandes fãs da autora e dos seus livros parece ser de que este foi, sem dúvida, um trabalho extremamente bem feito.


Com um elenco liderado por Laura Vandervoot no papel de Elena e Greyston Holt no papel de Clayton, passando por Greg Bryk como Jeremy Danvers, Steve Lund como Nick Sorrentino, e terminando com o português Paulino Nunes como Antonio Sorrentino, Bitten teve algumas das melhores performances que vi numa série deste género de algum tempo a esta parte.

Uma outro aspecto que merece ser notado é, sem dúvida, a qualidade de produção que foi conseguida nesta série, especialmente tendo em conta o baixo orçamento a que tinha acesso. Os cenários foram sempre impecáveis - especialmente Stonehaven, a mansão ancestral onde a matilha de lobisomens vive -, a cinematografia foi sempre cuidada e, acima de tudo, os efeitos especiais tiveram sempre uma apresentação acima da média habitual em produções dentro da mesma faixa orçamental. A atenção aos mais pequenos detalhes que toda a equipa envolvida neste projecto parece ter tido é de louvar.

Se alguma crítica tenho a fazer, esta prende-se maioritariamente com o guião da série: muitas vezes senti que os guionistas tinham alguma dificuldade em criar uma ligação fluída entre as diversas partes do enredo e tornarem-no assim geralmente consistente. No entanto, por outro lado, é de fazer notar que fizeram um excelente trabalho de condensação em relação ao arco geral das personagens e das suas histórias, uma vez que a série terminou antes que todo o conteúdo dos livros pudesse ser explorado.

Desenvolvida e produzida pelo canal canadiano Space, Bitten estreou em 2014 e terminou oficialmente há apenas duas semanas, a dia 15 de Abril, tendo durado três temporadas, num total de 23 episódios. Óptimo para quem, como eu, goste de fazer maratonas! Excelente também para quem seja fã de séries como The Vampire Diaries, The Originals, The Witches of East End, True Blood, Grimm e Lost Girl.


Deixo-vos com esta pequena amostra do que podem esperar de Bitten, que espero que vos desperte do interesse. Bitten tem, sem dúvida, o meu selo de aprovação e a minha recomendação!

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