Por Treze Razões | Jay Asher | Editorial Presença | Opinião

By Vera Carregueira - 10:22

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Ao regressar das aulas, Clay Jensen encontrou à porta de casa uma estranha encomenda com o seu nome escrito, mas sem remetente. Ao abri-la descobriu 7 cassetes com os lados numerados de 1 a 13. 

Graças a um velho leitor de cassetes, Clay é surpreendido pela voz de Hannah Baker, uma adolescente de 16 anos que se suicidara duas semanas antes e por quem estivera apaixonado. Na gravação, Hannah explica os 13 motivos que a levaram a pôr fim à vida. 

Guiado pela voz de Hannah, Clay testemunha em primeira mão o seu sofrimento e descobre que os 13 motivos correspondem a 13 pessoas…

Por Treze Razões é um romance intenso e sempre atual, agora adaptado a minissérie pela Netflix. Um livro que já vendeu mais de 3 milhões de exemplares e que mudará a sua vida!





Poucos dias depois de terminar a leitura de "Eu Estive Aqui" de Gayle Forman peguei neste livro, confesso que ia a medo, afinal o tema era o mesmo e o registo poderia ser de alguma forma similar. Estamos a perante um romance YA (ou jovem adulto) cujo foco é o suicídio juvenil e havia uma forte possibilidade de uma leitura acabar por anular a outra ou pelo menos fazer com que o interesse não se mantivesse ao mesmo nível. Devo dizer que felizmente nada disso se verificou, Jay Asher distancia-se largamente de Forman e deixou-me completamente agarrada à sua história.


A ação inicia-se quando Clay chega a casa e encontra uma caixa com cassetes o que não deixa de ser estranho já que não é algo que se use nos dias de hoje principalmente pelos mais jovens, porém o conteúdo das mesmas acaba por se tornar sinistro e muito perturbador.

Durante a narrativa vamos seguir o adolescente enquanto este ouve avidamente a voz de Hannah a explicar as razões do seu suicídio, questionando-se constantemente o que terá feito para que o seu nome conste na lista de culpados. Com um ritmo frenético "Por Treze Razões" mostra-nos como a partir de uma pequena ação a vida de uma jovem pode alterar drástica e definitivamente levando-a a percorrer caminhos alarmantes. Estamos perante uma espiral vertiginosa de acontecimentos que passam por difamação e bullying arrasando não uma mas várias vidas e terminando na morte de Hannah. 

É impossível pousar este livro antes do final,  não queremos largar a história nem os personagens, queremos saber o que vai acontecer com quem e como tudo acabará. Chegando perto do fim o aperto no peito é tanto que nos sentimos parte integrante do enredo, sofrendo com todos os acontecimentos.

Jay Asher escreve de uma forma genial, prendendo-nos de uma forma visceral à narrativa, arrastando-nos para a realidade crua dos adolescentes e a forma como inconsequentemente podem destruir a vida de quem os rodeia. Um livro que recomendo vivamente aos mais jovens como forma de alerta mas também aos mais velhos para que tenham mais atenção às ações dos adolescentes que os rodeiam.

  

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