Eu Estive Aqui | Gayle Forman | Editorial Presença | Opinião

By Vera Carregueira - 15:12

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Cody fica chocada e arrasada com o suicídio de Meg, a sua melhor amiga. A pedido dos pais desta, Cody viaja até Tacoma, onde a amiga estudava, para reunir os seus pertences. 

Espantada, Cody descobre que Meg nunca lhe falara de inúmeros aspetos da sua vida. Por exemplo, os novos amigos, que são o tipo de pessoas com quem Meg nunca se daria antes de entrar para a faculdade, ou Ben, o vocalista de uma banda por quem a jovem se apaixonara. 

Porém, a sua maior descoberta ocorre quando acede ao computador de Meg e de repente tudo o que pensava que sabia sobre a morte da amiga se desmorona. Cody decide então levar esta descoberta às últimas consequências.


Primeira leitura de 2017 e a minha estreia com Gayle Forman e não poderia ter começado o ano de melhor forma, lendo um livro de um dos meus géneros favoritos com um tema forte e uma autora que se mostrou excelente.

Em Eu Estive Aqui vamos ver abordado o tema do suicídio juvenil, foi o segundo de três livros sobre o tema que li em pouquíssimo tempo e estava com medo ao pegar nos 3 em períodos de tempo tão curtos porém são tão diferentes entre si, tanto na forma como é abordado como na dinâmica do autor que não se "atropelam".

A melhor amiga de Cody saiu de casa e foi para a faculdade o que levou a algum afastamento entre elas não só em distância mas no relacionamento também, porém o suicídio de Meg vai abanar de forma permanente e irremediável a vida da protagonista.

Entre as várias viagens entre a pequena cidade onde mora e a casa que Meg partilhava com alguns colegas Cody faz descobertas perturbadoras acerca da amiga o que a leva numa espiral de acontecimentos chocantes. Há uma parte que me chocou bastante mas que prefiro não referir e que será o que leva Cody numa demanda desenfreada.

Há vários personagens chave que ao longo da ação vão contribuindo para que o enredo se adense, porém é o relacionamento com Ben que vai fazer a protagonista questionar muitas vezes a sua própria moralidade.

Mesmo não sendo uma leitura muito intensa a autora conseguiu dentro do tema do suicídio juvenil trazer algumas questões muito importantes a debate e vemo-nos ao longo da narrativa a tentar perceber se de alguma forma poder-se-ia ter prevenido este trágico desfecho.

Como referi foi a minha estreia com a autora (apesar de ter visto o filme Se eu ficar baseado no livro com o mesmo nome) e não poderia ter começado da melhor forma, deixou-me curiosa para ler outras obras de Forman para tentar perceber se se foca em temas igualmente actuais e fortes que fazem o leitor pensar. Mais um livro que recomendo vivamente principalmente aos mais novos.



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