segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A Maldição do Vencedor | Marie Rutkoski | Topseller | Opinião



Kestrel, jovem filha do poderoso general de Valoria, tem apenas duas opções: alistar-se no exército ou casar-se. Ela tem, no entanto, outras aspirações e procura libertar-se do seu destino, rebelando-se contra o pai. 

Num passeio clandestino pela cidade, Kestrel vai parar a um leilão de escravos, onde se depara com um jovem, Arin, que parece querer desafiar o mundo inteiro sozinho. Num impulso, ela acaba por comprá-lo - por um preço tão alto, que a torna alvo de mexericos na sociedade. 

Arin pertence ao povo de Herrani, conquistado dez anos antes pelos Valorianos. Além de ser um ferreiro exímio, revela-se também um cantor extraordinário, despertando a curiosidade de Kestrel. Arin, contudo, tem um segredo, e Kestrel não tardará a descobrir que o preço que pagou por ele poderá custar muito mais do que aquilo que alguma vez imaginara.

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Este livro conquistou-me pela capa... desculpem a futilidade mas a sério adoro esta capa é maravilhosa! A verdade é que também me conquistou pela história, pelas personagens e pelo mundo criado por Marie Rutkoski.

Durante uma boa parte da leitura dei por mim de volta às aulas de História e às conquistas do Império Romano, a forma como escravizaram os povos com que se cruzavam e impuseram as suas leis, roubaram os seus bens consegui rever parte disso em A Maldição do Vencedor.

Uma das coisas mais interessantes neste livro foi o facto de a autora não ter criado um mundo onde as conquistas ocorreram há muito tempo, as memórias estão bastante vívidas na mente de todos, principalmente dos Herrani mais velhos e esse detalhe vai fazer toda a diferença no desenrolar da narrativa. Os Herrani não esqueceram, ainda não se passou tempo suficiente para desanimarem, para baixarem os braços para desistirem da luta, apenas 10 anos se passaram desde a vitória de Valoria sobre Herran.

Estava com algum receio em relação a esta leitura, temia que em algum ponto os personagens se "perdessem" e se "esquecessem" dos seus objectivos, dos seus problemas e do trilho que traçaram. Porém apesar dos sentimentos que desenvolvem um pelo outro e da intimidade que acabam por criar mantém o foco em quem são e para onde vão. Outro receio que tinha era que de alguma maneira a história se tornasse morna ou maçadora em que Kestrel ou Arin se perdessem de amores tais que pudessem de algum forma trair a sua essência.

Rutkoski conquistou-me desde muito cedo, os protagonistas são extremamente apaixonantes, as suas atitudes são humanizadas de tal forma que é impossível não vivermos com bastante intensidade aquilo porque passam. A história é ridiculamente boa, quando achamos que encontrámos um ponto menos positivo algo muda e percebemos como afinal foi mais um toque de genialidade da autora. Não poderia finalizar sem referir que a Marie Rutkoski é uma exímia contadora de histórias, de tal forma que a cada página lida precisávamos de mais informação.Há tantas zonas obscuras, tantas reviravoltas que nunca conseguimos prever o que virá a seguir. E aquele final? Só posso dizer que agradeço à Topseller não se ter demorado nada a publicar o segundo livro (ainda não saiu mas está quase aí).


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