Todos conhecemos a expressão 'Vá de reto, Satanás!', certo? Pois bem, podem esquecê-la. Não se aplica, de todo, à reencarnação do Diabo de que vos venho falar hoje. Aliás, muito pelo contrário; no que toca a este Lúficer, ficamos sempre a querer mais e mais, não fosse o seu charme praticamente irresístivel. Pergunto-me se será do sotaque Inglês...
Para quem não está familiarizado com esta história, deixem-me que vos situe um pouco: Lucifer, uma das mais recentes apostas televisivas por parte da Fox, traz-nos uma mistura de fantasia urbana e thriller policial, envoltas num tom que se extende da comédia ao drama. Baseada nas personagens criadas por Neil Gaiman, Sam Kieth e Mike Dringenberg originalmente para a banda desenhada The Sandman e, mais tarde, para o spin-off Lucifer, esta é mais uma adaptação vinda do catálogo da DC Comics.
Esta série conta-nos então história de Lucifer Morningstar - sim, esse mesmo, o próprio Princípe do Inferno -, que farto de milénios e milénios passados a gerir e comandar atrociadades, decide abandonar o seu posto e juntar-se à humanidade na sempre atraente Cidade dos Anjos. Ah, a ironia! Ainda assim, é em Los Angeles que Lucifer começa a encontrar um novo propósito para a sua vida: ajudar a polícia de LA a capturar e castigar criminosos, entrando assim em cena Chloe Decker, detective da Brigada de Homícidios, que aos poucos se vai transformando no compasso moral de Lucifer.
Protagonizada por Tom Ellis no papel de Lucifer e Lauren German no papel de Chloe, fantásticos nas suas performances, a série tem ainda no seu excelente elenco actores como D. B. Woodside (Amenadiel, anjo e irmão de Lucifer), Lesley-Ann Brandt (Mazikeen, amiga de Lucifer e descendente de Lilith) e, acima da tudo, a sempre brilhante Rachel Harris na pele de Linda Martin, psicóloga e terapeuta que ajuda Lucifer com os seus problemas e dilemas.
Lucifer é, ainda assim, difícil de descrever e explicar sem que se corra o risco de dizer demais sobre algo que não se deva. Sendo uma mistura de tantos géneros diferentes, abordando temas de carácter religioso de uma forma extremamente pouco ortodoxa, e sendo extremamente episódico em vários elementos do enrendo, penso que este é um dos casos em que o chavão 'ver para crer' se aplica bastante bem. Gostar desta série vai depender em muito do gosto pessoal de cada um, não é o tipo de história que possa abertamente dizer sem qualquer dúvida que irá agradar a toda a gente. No entanto, posso dizer com toda a certeza e ênfase possível que Luficer é indubitavelmente a minha estreia favorita da temporada 2015/2016.
Dito isto, se tiverem ficado minimamente curiosos, deixem também que vos diga que agora é a altura ideal para darem uma oportunidade a esta série. A primeira temporada terminou muito recentemente e tem apenas 13 episódios. Soa perfeita para uma pequena maratona televisiva, não vos parece? E se ficarem viciados, não desesperem! Lucifer já recebeu ordem de renovação e estará de volta para mais uma temporada em 2016/2017.
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