Para além de adorar ler, eu sou também fã incondicional de séries.
Sigo muitas séries, fico irada quando alguma é cancelada, e detesto esperar um ano pela próxima temporada, coisa que acaba invariavelmente por acontecer, uma vez que se estiver mesmo a gostar da série, vejo vários episódios só num dia (se estiver um dia feio e eu de folga/férias, vejo uns 10 episódios, à vontade).
Por isso, é compreensível que só comece a ver alguma que tenha pelo menos duas temporadas. E desta vez, a escolhida foi Vikings, que já vai ter a 4ª temporada dia 18 deste mês. Em três dias vi a 1ª temporada, que tem apenas 9 episódios. Deixo-vos o trailer:
Esta série foi-me aconselhada já há dois anos por um amigo meu que é licenciado em História. Algo que me ficou guardado da sua recomendação foi o facto de ele dizer que toda a gente a devia ver para ver se deixava de retratar os Vikings como tendo aqueles capacetes na cabeça com chifres nas pontas, pois eles não os usavam, ao que me desmanchei a rir pois era precisamente o retrato que eu tinha (blame you, Vickie, o Viking).
É uma série produzida pelo History Channel e estreou em 2013. É inspirada nas histórias e lendas que compreendem os Vikings da Escandinávia medieval, sendo centrada em Ragnar Lothbrok, um dos heróis escandinavos mais conhecidos.
Ragnar é agricultor e guerreiro, crê ser descendente direto
do deus Odin e, acreditando existirem grandes tesouros para Oeste, foi um dos pioneiros nas incursões a Inglaterra, desafiando o seu Earl, que é o governante local, que não o autorizava pois para ele não passavam de lendas e fantasias as histórias sobre a existência de tais terras. Contra a vontade do governador, tendo descoberto uma forma de navegar para Oeste (na altura não existiam bússolas), Ragnar pede ao seu amigo Floki que lhe construa um barco e organiza uma expedição secreta, com o seu irmão Rollo e mais um grupo chegado de guerreiros. Indo contra todas as expectativas, a sua viagem é bem sucedida, chega a Inglaterra e regressa com um grande saque, e ainda com um monge como escravo, Athelstan. É engraçado ver a diferença e o brutal contraste entre as crenças nórdicas e as cristãs, assim como a confusão que os costumes cristãos provocam aos nórdicos, que acreditam em vários deuses, tais como Odin, Thor, Freya, entre outros, enquanto os cristãos são monoteístas.
Daqui ressaltam inúmeras reviravoltas, Ragnar torna-se uma figura de destaque na aldeia e passa a ser visto pelo Earl como sendo um rival, logo um alvo a abater. Está em jogo não só a sua sobrevivência, como também a da sua família.
Há ainda o enorme contraste entre as culturas nórdicas e ocidentais,
onde, para além de acreditarem em diferentes
deuses, têm também costumes distintos. E algo que faz muita confusão,
por exemplo, aos ingleses, é o facto de os nórdicos não apresentarem
medo algum perante a morte, aceitando-a, para merecerem o seu lugar em
Valhalla (Salão dos Mortos, situado em Asgard).
Aconselho esta série a todos os que, tal como eu, gostam de histórias épicas, gostam de História e querem aprender um pouco mais sobre a História Escandinava, pois, apesar de uma ficção, esta série tem por base factos verídicos, uma vez que se debruça sobre a história de um dos Vikings mais famosos, Ragnar Lothbrook.
Não posso passar sem salientar a bando sonora, que é excelente, e ainda o facto da série me fazer lembrar sempre duas das minhas bandas preferidas cada vez que referem o seu deus principal, Odin, e Valhalla. Automaticamente começa a tocar na minha cabeça Sons of Odin, de Manowar, e ainda Valhalla, de Blind Guardian.
Carla Ramos
0 comentários