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Devo, antes de mais, confessar que não li os dois livros que são a prequela desta saga apesar dela estar ali na estante e quando li Ligeiramente Escandalosa de Mary Balogh senti essa falta pois acho que me faltou saber de antemão algumas coisas sobre Freyja.
Esta autora nunca me desilude, tenho seguido os Bedwyn e sou completamente apaixonada pela série aquele que me suscita maior curiosidade é sem dúvida Wulfric porque ao longo dos livros vamos percebendo que tem de haver algo oculto, aquela rigidez quanto aos seus deveres por um lado e por outro a dedicação (de todos na verdade) à família, a facilidade com que se aceitam mesmo nos maus momentos e como se apoiam nos disparates.
A verdade é que este livro começa com um disparate, Freyja vai passar uns aborrecidissimos dias a Bath com uma amiga quando conhece Joshua Moore, a forma como os dois se conhecem (informalmente) e como se reencontram nas duas vezes seguintes é qualquer coisa de hilariante. Acabam por ficar noivos sem percebrem as consequências dos seus actos. Freyja tem uma força, uma garra, uma determinação extraordinária e vai ao longo do livro percebendo que por trás dos maiores sorrisos podem-se esconder grandes tristezas. Adorei a personagem feminina, excelentemente construida mas cujo passado (que se pode ler em Um Verão Inesquecível publicado igualmente pela ASA) eu gostaria de ter entendido um pouco mais cedo.
Porém como já conhecia esta família e a força da sua união a grande surpresa foi o novo marquês de Hallmere, aquele sorriso e simpatia disfarça um passado complicado com episódios chocantes, a forma como ele vai lidar com algumas situações mostra-nos o seu enorme coração, a bondade que tem dentro de si mas também aos poucos vamos percebendo, e ele também, que é capaz de pequenos grandes feitos, capazes de mudar a vida de quem o rodeia.
Volto a frisar que adoro Mary Balogh, que a par com Julia Quinn são das minhas favoritas do género, a construção dos personagens ao longo dos livros deixa-nos com vontade de os conhecer melhor nos seguintes, ficamos mesmo viciados nos Bedwyn pois há algo de irresistivelmente delicioso neles. Um livro que se lê num fôlego pois a escrita da autora, simples e delicada, deixa-nos a ansiar por mais. Que venha o próximo!
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