sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Entre o Agora e o Sempre | J. A. Redmerski | Opinião

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Entre o Agora e o Sempre é a muito aguardada sequela de Entre o Agora e o Nunca, o romance que nos apresentou Camryn Bennett e Andrew Parrish, dois jovens em busca do lado mais ousado da vida, que se conhecem e apaixonam durante uma viagem de autocarro. Agora, alguns meses depois desse primeiro encontro, estão noivos e esperam, entusiasmados, a chegada do primeiro filho. Mas, quando nada o fazia prever, a tragédia bate-lhes à porta. 
J. A. Redmerski deixa-nos de novo rendidos ao fascínio desta intensa história de amor e dos seus protagonistas, pela coragem que têm em se manter fiéis a si próprios, vivendo plenamente o presente, com um espírito livre e profundamente apaixonados pela vida.  


Depois de ter lido Entre o Agora e o Nunca  de J. A. Redmerski fiquei completamente rendida a este jovem casal, audacioso, louco, divertido por isso mal pude esperar até ler a sua sequela Entre o Agora e o Sempre, que foi publicado em janeiro pela Editorial Presença.

O livro inicia onde acaba o anterior e tem tudo para ser um mega sucesso, Camryn e Andrew são um casal amoroso e com uma vida inteira pela frente por isso as aventuras poderiam ter sido as mais variadas possíveis, porém a autora pegou em dois temas que poderiam ter feito do livro um sucesso estrondoso e deixou tudo mais ou menos resolvido quase de inicio, ainda que o processo de dor e recuperação não tenha sido fácil esperava uma maior dramatização dos factos e várias dificuldades acrescidas à vida de ambos. 

Redmerski infelizmente pecou pela falta de originalidade e deu a Cam e a Andrew o mesmo destino do livro anterior e se no primeiro a fórmula resultou, fazendo com que o livro fosse um sucesso estrondoso conquistando muitos fãs por terras lusas, neste torna tudo morno. Os protagonistas metem-se de novo à estrada e se da primeira vez não senti falta de certos pormenores aqui comecei a questionar várias coisas, senão vejamos:

Sei que estamos em países e culturas diferentes mas como se processava os contratos que fechavam com os bares onde tocavam ocasionalmente? Havia algum casting? Os donos dos bares contratavam-nos pelo seu bom aspecto e fosse o que deus quisesse? E os trabalhos temporários? Chegavam a um motel/hotel e diziam que queriam trocar a estadia por serviço de limpeza? Bem por aqui não me parece que resultasse por isso não sei qual a fiabilidade de isso acontecer nos Estados Unidos, mas como disse culturas diferentes. Outra coisa que me deixou a pensar foi que se a Cam não queria o dinheiro herdado pelo Andrew então viviam só do que ganhavam na estrada? Que sorte então serem tão talentosos e haver sempre falta  de pessoal nos locais onde ficavam senão teriam dormido muitas noites no carro e passado muita fome. 
Isto claro são apenas divagações que fui tendo ao longo da leitura, não significa porém que não tivesse gostado de ler o livro, rever as personagens, viver com eles as suas aventuras. É um livro razoável e tem um desfecho agradável para a história, devo confessar porém que o epílogo me conquistou completamente pela personagem que narra essa parte.

De resto não vejo grande amadurecimento ou alteração de personalidades, ambos se mantém fiéis a si próprios e irão redescobrir o amor que sentem um pelo outro, estando a narrativa na primeira pessoa e anterando entre Camryn e Andrew é fácil ter um conhecimento bastante aprofundado dos acontecimentos.

Não posso deixar de recomendar este livro para quem leu e amou o primeiro, não esperem porém que este seja espectacular, é, isso sim, o desfecho desta bela história de amor.

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