Viajante à Luz da Lua é uma das obras mais aclamadas de Antal Szerb, uma das principais personalidades da literatura húngara do século XX, e chega pela primeira vez a Portugal com edição da Guerra e Paz e tradução de Piroska Felkai. Estará nas livrarias a partir de 19 de Abril.
Traduzido em diversos países, este é um romance onde o amor e a morte se cruzam. Mihály, um homem de negócios de Budapeste, passa a lua-de-mel em Itália com a mulher, Erzsi, dividido entre o desejo e o dever, o que quer e o que os outros esperam de si, a boémia da adolescência e as responsabilidades de adulto. Atormentado, o protagonista de Viajante à Luz da Lua reencontra os seus fantasmas e questiona o sentido da vida logo na primeira paragem nesta viagem de sonho, em Veneza, mas é em Ravena que um antigo amigo de Mihály perturba o casal com histórias do passado. Uma lua-de-mel que se transforma em viagem de autodescoberta quando o protagonista perde o comboio para Roma, foge da mulher e vagueia pelo país, perdido nas suas próprias deambulações.
Antal Szerb cresceu no uma família de judeus convertidos ao catolicismo no início do século XX mas nem por isso escapou à perseguição da Segunda Guerra Mundial, quando foi deportado para um campo de concentração em Balf, na Hungria, onde acabou por morrer em Janeiro de 1945. Antes disso, notabilizou-se como escritor, tradutor e historiador da literatura, viveu em França, Itália e Inglaterra e, de regresso ao seu país natal, foi eleito presidente da Academia de Literatura Húngara, em 1933.Viveu para a literatura, que via como o antídoto contra os venenosos avanços da modernização.
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