sábado, 15 de abril de 2017

Divulgação | A Brecha | João Pedro Porto | Quetzal


A Brecha, do escritor açoriano João Pedro Porto, vai chegar às livrarias na sexta-feira, dia 21 de abril, pela Quetzal Editores.

O conteúdo de A Brecha é importante mas mais importante é o seu tom, a sua forma. João Pedro Porto faz uma notável exploração da linguagem, resultando numa obra que vive de poesia, prosa e dramaturgia. Um santuário da Língua onde se aliam o contemporâneo e a memória.
«A memória é assim feita através do critério dos homens de poder. Se os bárbaros estiverem no poder, serão esses que farão a História e, nessa História, as barbaridades não serão mais do que as mais contadas venturas dos heróis, repetidas às crianças nos leitos, pintadas nos frescos e nas abóbadas do sonho e do fantasmagórico. Ora, o que se entende por poder será mais de nuvens do que esta tão simples consideração.»
Sobre João Pedro Porto, Valter Hugo Mãe disse: «Um dos mais exuberantes novos autores portugueses. (…) No universo da ficção, estou convencido de que a literatura portuguesa não conseguia ninguém assim desde Vitorino Nemésio (…) Sabemos que lemos um moço de 30 anos mas reverberam séculos nas suas construções, admiravelmente eruditas na junção do que é literário e do que poderia ser recolhido nas praças mais maduras.»


Sinopse:
Em noite de exagerado temporal, um misterioso homem encoberto brota do chão de Sagres. Desmemoriado e desnorteado segue pela costa vicentina. Um outro, aborrecido com a banalidade do seu tempo, decide entrar pela brecha que rompe pela parede do quarto, esperando recuperar coisas esquecidas, como a exploração, a descoberta e até mesmo a conquista. Haverá um vínculo crescentemente claro entre os heróis. Pela brecha viver-se-á uma epopeia, do lugar em que dois mares se suturam até à cidade que deu a ruína e um mito fadado a Portugal. Uma morte dada aos deuses, o cruzamento de mitologias, a viagem pela umbra humana, e muitas outras tramas intrincadas fazem deste livro um santuário da Língua, em que se aliam o contemporâneo e a memória. Nestas páginas, a sedução da narrativa épica e a pujança da poesia e do teatro pedem um leitor pronto à verdadeira aventura literária.

Sobre o autor:
João Pedro Porto nasceu nos Açores, em abril de 1984. A Brecha é o seu quarto romance, tendo publicado O Rochedo que Chorou, O 2egundo M1nuto e Porta Azul para Macau. Viu também editado, em formato livro, o conto O Homem da Mansarda, e fez parte da primeira antologia coordenada pelo Centro Mário Cláudio, O País Invisível. São também suas as letras do álbum Terra do Corpo, de Medeiros/Lucas. É presença recorrente em diversos jornais de pequena ou grande tiragem, bem como em revistas e suplementos literários. Sobre a sua escrita, Valter Hugo Mãe escreveu: «Reverberam séculos nas suas construções. Um invasor absoluto, um denunciador. João Pedro Porto é cénico, performativo, esdrúxulo, temperamental, mas sem arrogância. Apenas luxuoso, desse luxo de poder fazer.»

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