SINOPSE
Um velho e cínico «embusteiro».
Sem nos alongarmos mais, poderíamos assim definir Cesare Annunziata. Setenta e sete anos de idade, viúvo há cinco, e pai de dois filhos, Cesare decidiu, positivamente, marimbar-se para os outros. As suas opiniões são marcadas por uma ironia feroz, talvez por medo de não ser capaz de continuar a transmiti-las por muito mais tempo, e a sua vida segue o curso normal, rumo ao final previsível e universal, entre os copos de vinho tomados com Marino, o velho neurótico do segundo andar, as conversas indesejadas com Eleonora, a louca «velha dos gatos», e os breves encontros sexuais com Rossana, prostituta e enfermeira a meio tempo, que concede uma especial atenção aos viúvos do bairro.
Mas um dia chega ao prédio a jovem e enigmática Emma, casada com um indivíduo sinistro, com quem nada parece ter em comum, e Cesare não demora muito a perceber que há algo de errado no casal. No entanto, tal não significa que se vá intrometer… exceto quando recebe um silencioso pedido de ajuda, expresso no olhar triste de Emma.
Os segredos que Cesare desvenda acerca dos novos vizinhos, mas, em particular, aquilo que descobre sobre si mesmo, irão formar o enredo deste romance formidável, revelando-nos uma personagem singular, que vive em alegre contradição, entre o cinismo mais feroz e a humanidade mais profunda.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Este romance deve grande parte do seu êxito ao maravilhoso personagem criado por Marone, Cesare Annunziata, e à circunstância, divertida e paradoxal, de ser um excelente romance de formação no qual o protagonista tem mais de setenta anos.»
Il Mattino
«Uma personagem extraordinária. Um relato poderoso e lúcido da realidade. Um romance cómico e sarcástico, onde o drama e a ternura estão presentes em doses similares.»
Corriere della Sera
«Chama-se Cesare Annunziata e detesta ser velho. Resmunga e maltrata os filhos, o único amigo que lhe resta e os poucos vizinhos. No entanto, conquista os leitores por ser espirituoso, comovente e profundamente sincero. Tenta ignorar os outros, mas, eventualmente, acaba por se envolver da mais difícil das formas: tentando salvar alguém que se recusa a ser salvo.»
Elle
«Como envelhecer em Nápoles brindando à felicidade: as confissões de um velho que não o quer ser e que mergulha, sem hesitação, nos pequenos e nos grandes prazeres da vida. Uma maravilhosa viagem sentimental.»
La Stampa
«Uma estreia emocionante, principalmente em relação ao protagonista. […] Impressionante.»
Neue Osnabrücker Zeitung
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