segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Cinema | A Rapariga no Comboio | Opinião

A Rapariga no Comboio
M12
Título Original - The Girl on the Train
Realizador - Tate Taylor
Elenco - Emily Blunt, Rebecca Ferguson, Laura Prepon, Justin Theroux, Luke Evans, Edgar Ramirez, Haley Bennett
Género - Thriller
País - EUA
Ano - 2016
Duração - 112 minutos

Sinopse - No thriller, Rachel (Blunt), inconsolável devido ao seu divórcio recente, passa a sua viagem diária no comboio a caminho do emprego a tecer fantasias sobre um casal aparentemente perfeito que vive numa casa por onde o comboio passa. Um dia, vê acontecer algo que a perturba e envolve-se num mistério que se vai desenrolando.








Já aconteceu de certeza a todos nós irmos para um filme a pensar que era uma coisa e ser exactamente o contrário. Às vezes ficamos desiludidos, outras até corre bem e vemos uma coisa muito melhor do que estávamos à espera. Foi isso que me aconteceu quando vi "A Rapariga no Comboio", fui com a certeza que seria um filme romântico/lamechas/típico de mulher. Devo dizer que não li o livro, por isso não sabia mesmo ao que ia. Só quando me dei conta que seria um thriller é que fiquei um pouco mais entusiasmado com a perspectiva de ver este filme. A verdade é que nunca se deve julgar o livro pela capa ou o filme pelo livro, foi um dos melhores filmes que vi este ano e de certeza um dos melhores que vou ver. E para fazer jus ao tema deste filme vou escrever esta opinião no comboio de regresso a casa.

Como qualquer bom thriller, "A Rapariga no Comboio" mantém sempre um ambiente de elevada tensão, com as suas cartas bem guardadas até ao fim. Quase nunca tendo um momento de muita acção não é por isso que se torna aborrecido, a mudança de foco de personagens não o permite e ficamos sempre com novas suspeitas sobre o que aconteceu e quem é o culpado nesta história toda. Porque mesmo não sendo um filme de acção, há os bons, os vilões e os que são vítimas dos acontecimentos e estamos constantemente a meter personagens diferentes nestas categorias.

A história foca-se principalmente em três mulheres, Rachel (Blunt), Megan (Bennet) e Anna (Ferguson), cada uma com os seus problemas, com demónios que lhes assombram a vida e todas com acções que vão influenciar o desenvolver da história de maneira preponderante. Todas as actrizes tiveram um bom desempenho, mas tenho que realçar o papelão que Emily Blunt fez, absolutamente genial, a mostrar que continua a ser uma das melhores actrizes da actualidade. E por falar em papéis, fiquei muito surpreendido por ver Allison Janney a ter uma personagem muito mais séria daquela que estou habituado a ver na série Mom, uma surpresa agradável no entanto, porque também conseguiu fazer um bom trabalho, apesar de estar sempre à espera que mostrasse o seu lado mais cómico.

Com toda a construção que o filme teve, fiquei à espera que o final não desiludisse, mas o que é certo é que nada me preparou para o aconteceu. Quem leu o livro sabe do que estou a falar, para quem não leu, apenas posso dizer que têm que estar preparados para um dos melhores plot twists, não diria de sempre, mas dos últimos anos.

Para finalizar, recomendo vivamente que se imersem na história deste filme e que o vão ver quanto antes, que não se vão arrepender!




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