quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A Espia do Oriente | Nuno Nepomuceno | Opinião



Para mais informações sobre o livro clique aqui


Dubai, Emirados Árabes Unidos.

De férias na região, um investigador norte-americano é raptado do hotel onde se encontrava instalado. Uma nova pista sobre um antigo projecto de manipulação genética é descoberta e a Dark Star, uma organização terrorista internacional, está decidida a utilizar os conhecimentos deste cientista para ganhar vantagem.

Contudo, de regresso à Europa, uma das suas operacionais resolve trair o sindicato do crime e oferece-se para trabalhar como agente dupla ao serviço da inteligência britânica. O mistério adensa-se quando esta mulher, de nome de código China Girl, impõe como única condição colaborar com André Marques-Smith, o director do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros português e espião ocasional.

Obrigados a trabalhar juntos para evitarem um atentado a uma importante líder europeia, uma atmosfera tensa, de suspeição e desconfiança, instala-se de imediato entre os dois. Mas que segredos esconderá esta mulher, cujo próprio nome é uma incógnita? Serão as suas intenções autênticas? Será o espião português capaz de resistir à sua invulgar e exótica beleza?

Vencedor do Prémio Literário Note! 2012, Nuno Nepomuceno regressa com A Espia do Oriente, o segundo livro da série Freelancer. Por entre os cenários reais de Budapeste, Berlim, Londres, Courchevel, Dubai e Lisboa, o autor transporta-nos para um mundo de mentiras, complexas relações interpessoais, e reviravoltas imprevisíveis. Uma reflexão profunda sobre os valores tradicionais portugueses, contraposta com a sua já habitual narrativa intimista e sofisticada, e que vai muito além do tradicional romance de espionagem.


Vou começar por dizer que capa e contracapa são muito bonitas já que "os olhos também comem", e depois aproveito para dizer que uma vez que a conclusão da trilogia Freelancer já foi publicada este mês com o título "A hora solene" não há motivos para não a lerem.

Depois de ler "O Espião Português", já prevemos o que nos espera pelo titulo, no entanto o autor conseguiu surpreender-me ainda mais com uma narrativa com um ritmo crescente e urgente de leitura.

Neste 2º volume da saga, onde é difícil para muitos autores manterem o ritmo da descoberta e abrirem caminho para o final, Nuno Nepomuceno conseguiu criar ainda mais suspense face o final.
O facto do autor nos dar a conhecer a espia do oriente, a sua história, alguns dos seus segredos ao mesmo tempo que viajamos pelo mundo e por locais que são referências históricas e arquitectónicas, Budapeste, Berlim, Londres, Courchevel, Dubai e Lisboa, a um ritmo alucinante, faz com que quem pegue neste livro não o queira pousar.  Damos por nós, mais uma vez, a torcer por André Marques-Smith, numa leitura onde há personagens realmente detestáveis que nos levam a "julgá-las" e condená-las, onde há romance, onde há problemas familiares e profissionais e sobretudo onde há uma surpresa quase em cada capitulo.

As personagens estão bem construídas, houve um cuidado maior com o enquadramento de cada uma e é notório o crescimento profissional do autor, o final apanha-nos totalmente de surpresa e deixa-nos o sabor amargo e doce, por acabarmos de ler uma história fenomenal e não termos disponível a 3ª e última parte da saga.

Eu tenho alguns autores portugueses preferidos,  Nuno Nepomuceno é um deles,  na verdade é um dos meus preferidos do género muito melhor que muitos internacionais que por cá se publicam. Aos leitores do blogue só tenho a recomendar os livros do autor a todos, porque quando um livro é realmente bom, todos deveriam ler.

Sem comentários:

Enviar um comentário