quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Rainha Vermelha | Victoria Aveyard | Opinião


O mundo de Mare, uma rapariga de dezassete anos, divide-se pelo sangue: os plebeus de sangue vermelho e a elite de sangue prateado, dotados de capacidades sobrenaturais. Mare faz parte da plebe, os Vermelhos, sobrevivendo como ladra numa aldeia pobre, até que o destino a atraiçoa na própria corte Prateada. Perante o rei, os príncipes e nobres, Mare descobre que tem um poder impensável, somente acessível aos Prateados.

Para não avivar os ânimos e desencadear revoltas, o rei força-a a desempenhar o papel de uma princesa Prateada perdida pelo destino, prometendo-a como noiva a um dos seus filhos. À medida que Mare vai mergulhando no mundo inacessível dos Prateados, arrisca tudo e usa a sua nova posição para auxiliar a Guarda Escarlate – uma rebelião dos Vermelhos – mesmo que o seu coração dite um rumo diferente.

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Este livro trouxe-me tantos sentimentos ambíguos que é difícil colocar por palavras explicar como encarei esta leitura. Antes de mais acho que é bastante visível o quanto tenho adorado ler distopias YA ultimamente, tem sido um dos meus géneros preferidos e assim que sai um novo livro em Portugal fico sempre curiosa.

Adorei a história e as personagens estão bem caracterizadas, a forma como a trama se desenvolve está bem estruturada e esses são pontos a favor principalmente tendo em conta que sendo a autora tão jovem poderia ter-se "esbardalhado". Os diálogos são credíveis e as descrições estão bem enquadradas se bem que por vezes podem tornar-se aborrecidas. A melhor parte é sem dúvida o final bombástico e cheio de acção se bem que previsível. 

Adorei a rainha Elara, é uma das melhores e mais frias vilãs que já li e Evangeline perto dela é um docinho, aliás que reacção foi aquela no final? Aposto que veremos mais dela no próximo livro. Os príncipes foram sempre personagens curiosas e interessantes deixando-nos divididos até perto do fim (quando a verdadeira face de um deles se revela). Mare porém é demasiado cliché, a rapariga sem ponta por onde se lhe pegue que afinal é bastante importante e que até tem vários rapazes a apaixonarem-se por ela, dá-se pouca importância umas vezes e demasiado noutras, não se mostrando uma heroína à altura. Há uma sequência de acções que nos prende ao livro e que torna a leitura bastante fácil.

Um dos pontos negativos é que a autora não primou pela originalidade, aliás por várias vezes lembrei-me de The Selection e Red Rising e mesmo não tendo lido Hunger Games percebe-se claramente a influência. Também o facto de haver tantas Casas e poderes diferentes torna a leitura, em alguns momentos específicos, confusa.

No geral, gostei, dei 3 em 5 estrelas no Goodreads e apesar de não ter sido um livro fenomenal é sem dúvida interessante e prende o leitor deixando a vontade de ler os restantes livros.



Este exemplar foi gentilmente cedido pela Edições Saída de Emergência em troca de uma opinião honesta

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