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Uma rapariga encontrada morta na floresta de Monsanto. Um delicado
vestido azul a cobrir o corpo. O cabelo cuidadosamente penteado. Uma
máscara de papel branco com um poema de Florbela Espanca sobre o rosto. É
este o cenário que Isabel Lage, inspetora da Brigada de Homicídios da
Polícia Judiciária, encontra no local do crime. A primeira vítima de um
serial killer que não deixa pistas, que habilmente se move pela floresta
e que parece conhecer todos os passos da polícia. Isabel está apostada
em resolver este mistério e fazer justiça em nome das mulheres que
morrem às mãos de um assassino frio e calculista. Mas todas as pistas
levam a João, o seu antigo companheiro de patrulha, e com quem partilhou
mais do que aventuras profissionais. Pedro Jardim, chefe de polícia com
experiência em investigação criminal, traz-nos no seu romance de
estreia um thriller empolgante e arrebatador que nos prende até à última
página. Pode haver um monstro em qualquer um de nós...
Tenho que começar por falar da belíssima capa que este livro tem. É bonita e apelativa, penso que ninguém fica indiferente ao passar por ela. A sinopse também nos seduz numa promessa de uma investigação criminal a um serial killer intimamente ligado a Florbela Espanca.
Não sendo o primeiro livro do autor, é o primeiro livro do autor dentro deste género. Revela-nos um pouco de como funcionam as policias portuguesas (neste livro a PSP e a PJ) e conhecemos também um pouco da gíria policial.
A narrativa salta entre a visão da Inspectora Isabel Lage, do seu antigo parceiro e suspeito João e a visão do próprio Monstro de Monsanto cuja dúvida se arrasta até ás últimas páginas.
Na minha opinião existem demasiadas personagens complexas a nível psicológico o que torna um pouco confusa a narrativa.
Ao contrário de algumas opiniões que vi pela net, eu considerei no geral que foi uma leitura agradável, pontuada com algumas dúvidas e mistério, que me deixou em suspense até ao final. No entanto penso que o autor poderia ter "trabalhado" mais a investigação criminal através dos olhos de Isabel Lage e os próprios assassinatos através da visão do "Monstro", ao invés das pequenas descrições que foram feitas.
Confesso que também esperava uma maior interacção do assassino, ao invés de uma pequena aparição. Existem algumas falhas linguísticas e de prontuário, mas que na minha opinião, não retiram o "sumo" da narrativa em si.
Confesso que também esperava uma maior interacção do assassino, ao invés de uma pequena aparição. Existem algumas falhas linguísticas e de prontuário, mas que na minha opinião, não retiram o "sumo" da narrativa em si.
Para mim, Pedro Jardim é um autor a seguir e acredito que a próxima obra vá ser melhor, uma vez que o autor demonstra ter uma grande vontade de fazer mais e melhor e as premissas desta obra são realmente muito boas.
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