terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Coração Selvagem | Elizabeth Hoyt | Opinião

Irá ela conseguir derrubar as defesas dele?

Reynaud St. Aubyn passou os últimos sete anos num cativeiro infernal. Agora meio louco com febre, surge de repente no seu lar ancestral e exige o que lhe é devido. Pode este homem de aparência selvagem ser realmente o último herdeiro do conde, julgado morto por índios anos atrás?
Beatrice Corning, sobrinha do atual conde, é uma boa jovem inglesa. Mas tem um segredo: nenhum homem em carne e osso a excitou mais do que o belo jovem do quadro pendurado em casa do tio. De repente, esse mesmo homem está ali, em carne e osso… e a atraí-la para a sua cama.
Apenas Beatrice consegue ver o homem nobre dentro do aspeto selvagem de Reynaud. Reynaud sente-se atraído por aquela jovem encantadora, embora desconfie da lealdade dela. Mas poderá o amor de Beatrice domar um homem que não se deterá diante de nada para recuperar o seu título… mesmo que isso signifique sacrificar a inocência dela?



Sou fã desta série da Lenda dos Quatro Soldados de Elizabeth Hoyt pelo que quando saiu Coração Selvagem quis lê-lo de imediato, as expectativas eram elevadíssimas, principalmente tendo em conta o facto do protagonista ser Reynaud St. Aubyn e que é o irmão da protagonista do primeiro livro Emeline, o qual havia sido dado como morto.

A reviravolta que se dá com o regresso de Reynaud dá um novo ímpeto à história, levando finalmente às respostas que tanto precisavam de ser encontradas, quem foi afinal o traidor que levou à morte e tortura de tantos homens. Infelizmente de inicio este não poderá dizer muito devido à fragilidade da sua condição física e psicológica uma vez que as mazelas do cativeiro onde foi mantido foram imensas. Desde cedo conseguimos prever que Reynaud não será um homem de trato fácil devido à sua obsessão em recuperar o título e a vida que tinha perdido pela irracionalidade patente em várias das suas acções. Porém é Beatrice quem vai ajudar à redenção do reaparecido Aubyn. Esta não é a jovem tímida e calma que parece, ela luta pelos seus ideiais e mostra-se forte e racional mesmo em momentos de tensão.

Gostei bastante da forma como o casal se vai conhecendo e entrosando e em como aos poucos Reynaud se vai abrindo com Beatrice, também a componente erótica está muito bem inserida revelando uma intimidade e uma cumplicidade maior que os dois conseguem perceber.

Fiquei deliciada com esta leitura, a história não é muito complexa e vamos tendo vislumbres dos personagens dos outros livros, lentamente tudo se vai compondo e todas as ligações estabelecidas. Elizabeth Hoyt tem uma escrita simples e bastante fluída o que fez com que eu lesse este livro em poucas horas, ficando extasiada com o final mas ao mesmo tempo triste por ter terminado a série (não ficam assim também quando uma série chegam ao fim e dá um saudosismo?, eu fico). Temos assim uma bela história de amor e o desvendar de um mistério cheio de contornos macabros. Adorei!

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