terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A Ilha dos Espíritos de Camilla Lackberg, [Opinião]




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Sinopse:

Erica e Patrik sobreviveram ao trágico final de A Sombra da Sereia, mas não saíram incólumes desses terríveis eventos.

Ainda a recuperar, Patrik regressa à esquadra depois de uma baixa prolongada. Mal se sentou na secretária viu-se envolvido numa nova investigação.
Mats Sverin, um antigo colega de liceu de Erica, foi encontrado morto em casa com uma bala na cabeça. Mas ninguém tem nada a dizer dele. Por onde passou deixou boas recordações e todos parecem concordar que era um jovem simpático apesar de nada deixar transparecer da sua vida privada. E é este o grande desafio de Patrik: chegar à verdade por detrás das aparências.
Mais uma vez vai contar com a inesperada ajuda de Erica para descobrir o horror que esconde a sinistra ilha de Graskar, a ilha dos espíritos, onde se refugiou uma antiga namorada de Mats com o filho…

Mais um livro empolgante de Camilla Läckberg que, a par do suspense, revela as trágicas consequências de um drama que atravessa gerações: a violência doméstica.






Esta é uma autora, que após terem sido publicados todos os livros desta saga, os irei ler de novo, com um intervalo de tempo bem mais curto, de forma a passar um tempo maravilhoso por terras suecas. Foi esta a autora que me fez desejar conhecer a Suécia em tempo de Inverno e tempo de Verão, influenciando-me a pesquisar no Google a localidade de Fjällbacka, questionando-me sempre de como será escrever tantos crimes numa localidade aparentemente pequena. Será que os habitantes se sentem «perseguidos» pela autora? Será que para alguns, «a carapuça» até serve? Será que existe algum Mellberg? Apesar da sua maneira de ser, em cada livro anseio pela evolução desta tão carismática personagem, inclusive já lhe dei uma cara, de um ator que infelizmente não me recordo o nome nem nenhum filme que fez, o que é irritante pois adorava publicar aqui uma foto para ver se concordam comigo… tenho mesmo de puxar pela cabeça! O livro anterior deixou-me em ânsias para ler este, principalmente porque se fazia acompanhar com um excerto da Ilha dos espíritos o que me fez ficar completamente mortificada com o que se passa inicialmente… quem não leu não tem direito a spoilers!

Mais uma vez CAMILLA LÄCKBERG repete a fórmula, conduzindo a obra por duas narrativas distintas, passado versus presente, sabendo o leitor que o passado acabará sempre por influenciar o presente. No entanto este livro acaba por ter uma série de subtemas que se ligam de forma intrínseca, e que apesar de tão distintos, acabam por ser decisivos para a rápida leitura do livro em questão. Temas como o a morte por assassinato, a morte inesperada provocada por um acidente, a violência doméstica, os abrigos para vítimas dessa mesma violência bem como o submundo que opera de forma paralela nesses casos, quando a justiça não consegue dar a resposta adequada às vítimas.

Gostei especialmente da forma como a autora conseguiu criar empatia entre as duas personagens que viveram na ilha de Graskar, nomeadamente Emelie e Nathalie. A primeira tinha sido uma jovem mulher, recém-casada com quem ela pensava ser o seu único amor e para quem a ilha seria o seu lar, já que ela, o marido e um outro trabalhador foram residir para a mesma de forma a cuidarem do Farol. No entanto o marido revelou-se um homem perverso e diabólico, apesar de ele mesmo ser uma vítima dos costumes da época. Para Nathalie a ilha foi o seu refúgio, a forma de fugir à constante violência por parte do marido e curar as feridas em conjunto com seu filho Sam, no entanto a fuga para a ilha está assombrada por um eventual crime cometido pela personagem. 

Simultaneamente somos confrontados com os acontecimentos trágicos do final do livro A Sombra da Sereia no seio da família de Erica, Patrick, Anna e Dan bem como pela lenta recuperação de duas famílias que inicialmente, pareciam estar votadas a um sofrimento sem fim.

Um livro que se lê de um fôlego só, aconselho com 5 estrelas!

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