A Rapariga do Calendário | Audrey Carlan | Planeta | Opinião

By Vera Carregueira - 11:00



Mia Saunders precisa de dinheiro. De muito dinheiro. Tem um ano para pagar ao agiota que ameaça a vida do pai e exige o reembolso de uma enorme dívida de jogo. Um milhão de dólares para ser exacto.
A sua missão é simples: trabalhar como acompanhante de luxo para a empresa da tia, com sede em Los Angeles, e pagar mensalmente uma parte da dívida. Passar um mês com um homem rico, com o qual não é obrigada a ir para a cama se não quiser. Dinheiro fácil.
A curvilínea morena amante de motas tem um plano: entrar no jogo, conseguir o dinheiro e voltar a sair. Parte do plano é manter o coração fechado a sete chaves e os olhos no objectivo.
Pelo menos é como espera que corra.

Sexo, Amor e segredos. Uma história que a fará sonhar.





 Há muito tempo que não lia eróticos, julgo que há cerca de dois anos que não lia nada deste género mas este livro suscitou-me um interesse especial que confesso que não sei bem porquê. Tinha algum receio que na realidade Mia se tornasse uma prostituta de luxo mas não é isso que acontece o que me deixou bastante mais aliviada apesar de algures ali no meio ter retido a respiração com uma situação.

A situação de Mia é complicada, o pai está em coma por ter sido sovado a mando do agiota a quem deve muito dinheiro, isto leva-a a procurar a empresa da tia, uma empresa de acompanhantes de luxo que a levará a ganhar o suficiente para saldar a dívida do pai mas no espaço de um ano. É assim que se torna A Rapariga do Calendário. 

Claro que o início é um pouco cliché, moça pobre que precisa desesperadamente de dinheiro, acaba por se meter numa profissão duvidosa e envolver-se com milionário(s) atraente(s). Porém os clichés acabam aqui.

A narrativa começa com Mia a ser um pouco lamuriosa mas depressa arregaça as mangas e vai à luta, decide levar com alguma leveza a vida que terá nos próximos 12 meses e aproveitar o que de bom a vida e estes homens lhe poderão dar. Ao longo de todo o livro vamos percebendo que a protagonista teve uma vida difícil por culpa de uma mãe que abandonou a casa e um pai alcoólico e com o vício do jogo principalmente porque teve criar a irmã 5 anos mais nova. Quando percebemos a vida complicada que a jovem tem tido só podemos apoiar a sua decisão de aproveitar ao máximo a vida no próximo ano, claro que ajuda que os clientes sejam autênticas brasas.

Janeiro começa bem, Wes é fenomenal, tive muito receio que se transformasse num daqueles milionários de passado obscuro e com preferências sexuais fora do comum mas aos poucos esse receio foi-se dissipando. Tive algum receio que se apaixonassem, Wes pagasse a dívida que Mia ficasse com ele anulando assim todo o objectivo inicial do livro.

Atenção sou totalmente "Team Wes" mas fiquei agradavelmente surpreendida por Mia ver o seu tempo com o milionário como uma lição e passar para o "Senhor Fevereiro".

A partir daqui vamos ver a protagonista a evoluir, vai perceber que cada homem lhe poderá trazer um ensinamento e podemos perceber um amadurecimento da personagem ao longo de toda a narrativa. Março foi deliciosamente surpreendente e amei o rumo que a autora deu à história foi um mês fenomenal.

Mesmo tendo uma situação dramática de fundo A Rapariga do Calendário é uma história sobre auto-conhecimento, tem sexo q.b. com descrições bastante explícitas mas achei que estavam tão bem enquadradas na narrativa que simplesmente fluem naturalmente.

Diferente e refrescante com algum romantismo e cenas bastante escaldantes este é sem dúvida uma série que não vou perder e que tenho a certeza que fará as delicias dos amantes do género romance erótico. A verdade é que poderia continuar a falar interminavelmente acerca de quanto adorei este livro mas acho que já me alonguei por isso só posso dizer uma coisa: ADOREI!

(Mal posso esperar pelo segundo! E o terceiro e o quarto... felizmente a Planeta publicará o segundo já em Julho e os outros dois em Setembro e Outubro. Que sorte!)





Este exemplar foi gentilmente cedido em troca de uma opinião honesta

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