A Luz das Runas, de Joanne Harris [Opinião]

By Elizabete Cruz - 10:30


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Sinopse: 

Três anos após o Fim do Mundo, o silêncio reina ainda nas Catacumbas... Após a queda da Ordem, o mundo está a voltar lentamente à vida. Maddy sente-se finalmente em paz, agora que está livre das regras brutais da organização. Mas para Maggie, nascida e criada no seio da Ordem, este é um tempo de caos e desolação. Maddy e Maggie vivem a mil quilómetros de distância uma da outra mas têm uma coisa em comum: ambas nasceram com a marca das runas na pele. Um símbolo que remonta ao tempo em que o mundo era governado por deuses que habitavam Asgard. Asgard está agora em ruínas, e o poder dos deuses foi há muito destruído. Pelo menos, é o que todos pensam... Mas nada se perde para sempre. Os deuses ainda não desistiram. Eles cobiçam o poder das runas que as duas jovens detêm. Maddy e Maggie rapidamente se veem envolvidas numa luta sem tréguas que as aproximará uma da outra e na qual os seus limites serão postos à prova e as suas lealdades testadas ao limite. MAIS UMA APAIXONANTE VIAGEM AO CORAÇÃO DAS LENDAS NÓRDICAS.

Opinião por Elizabete Cruz:

Este é o segundo volume da saga iniciada por Joanne Harris e que conta a história de personagens características da mitologia nórdica. Já no livro anterior me assumi fã desta mitologia e considerei esse um dos pontos positivos do livro, o que se verificou igualmente neste segundo volume. 
Este livro traz uma nova personagem essencial: Maggie, irmã de Maddy. Quando li a sinopse achei que ela seria mais como a irmã e não uma personagem influenciável que se deixa perder de amores rapidamente. Em certos momentos senti-me mesmo irritada com as suas atitudes, porque esperava sinceramente uma personagem mais capaz e não alguém que estivesse ali só com o propósito de criar toda a confusão. Acabou por ser a personagem que mais se destacou pela negativa para mim.
Do outro lado estiveram Loki e os restantes deuses, que continuaram a protagonizar momentos divertidos e a dar um pouco de humor à história. Loki, com as suas artimanhas e expressões improváveis, continuou a ser claramente o rei da festa e dei por mim a rir-me com ele. 
Em relação à história propriamente dita, somos confrontados inicialmente com as consequências daquilo que aconteceu no final do último livro. Aos poucos somos reencaminhados para o fim dos mundos e para a esperança de os deuses reaverem o que tinham perdido. O livro prima pelas reviravoltas e pelas personagens que não são aquilo que realmente parecem. Pelo meio continuam a existir oráculos e até eles, para além de serem confusos, não são aquilo que parecem. Muitas personagens escondem segredos importantes que levarão as personagens até ao fim dos mundos e são esses segredos que dão o maior alento à história.
O meu maior ponto negativo vai para o facto de o livro ser demasiado extenso. Quando cheguei ao fim senti que não conseguiria pegar em mais nada desta autora por um bom tempo. A história não me desiludiu, as acções iam-se desenrolando, mas achei demasiado cansativo, ainda para mais quando nem sempre estava a acontecer alguma coisa. Claro que isto é uma opinião muito pessoal e não pode de todo ser levada em conta, mas influenciou a minha opinião final sobre o livro. Admito ainda que em algumas partes me senti perdida no raciocínio da autora, mas isto provavelmente deveu-se ao cansaço de que já falei.
Em todo o caso, Joanne Harris volta a mostrar o seu talento para jogar com estas personagens e dar-lhes uma faceta à maneira dela. Gostei mais do primeiro livro, mas este continua a possuir uma história bem constituída e com pontos interessantes. Considero, apesar de tudo, uma leitura positiva e que é fundamental para quem leu "A Marca das Runas".

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